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Indústria farmacêutica faz poucas pesquisas sobre câncer
Por Do Diário do Grande ABC
16/05/1999 | 14:04
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Somente 9% das experiências clínicas realizadas pela indústria farmacêutica se concentram em novas drogas para lutar contra o câncer, enquanto 25% visam as enfermidades cardiovasculares e 17% os problemas neurológicos, assinalou uma associaçao oncológica norte-americana.

As experiências clínicas avaliam novos medicamentos ou novas combinaçoes de drogas para melhorar os atuais tratamentos. As pessoas que participam nas experiências geralmente sao divididos em grupos que recebem tratamento padrao e os que recebem potenciais novos tratamentos.

A pesquisa farmacêutica se concentra no câncer de próstata, de cólon, nos melanomas e no câncer de pulmao e de mama. ``Precisamos de experiências clínicas para saber o que funciona ou nao', explicou Allan Lichter, chefe da Sociedade de Oncologia Clínica.

Segundo o estudo desta sociedade, 80% dos 7.000 pacientes com câncer consultados participaram em experiências clínicas nos últimos dois anos.

O custo de observar pacientes neste tipo de estudo é de 2.000 dólares por cabeça, incluindo os estudos de acompanhamento. A indústria farmacêutica leva em conta estes custos e também patrocina os gastos dos médicos cujos pacientes participam nas experiências.

Mas o Instituto Nacional do Câncer, o maior organizador de exames clínicos, só reembolsa 750 dólares por cada paciente, uma situaçao que poderá desestimular os oncologistas a trabalhar na pesquisa, segundo os médicos especialistas em câncer que se reuniram em Atlanta.




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