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Brasil e Argentina resgatam a
rivalidade no duelo das estrelas
Nelson Cilo
(Com Agências)
17/11/2010 | 07:15
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Rivalidade sem fim. O clássico mundial Brasil x Argentina, às 15h de hoje (horário de Brasília, ao vivo na Rede Globo), no Khalifa Stadium, em Doha, no Catar, é mais do que simples amistoso incluído no calendário da Fifa.

Independentemente das circunstâncias não soficiais, é o duelo que serve para testar a força de ambos. É a duríssima batalha que, historicamente, põe à prova o superego de um e de outro na implacável briga de duas equipes que nunca se entregam.

Os torcedores verão quem é quem nos pés de Ronaldinho Gaúcho (reaparece como estrela de primeira grandeza), Neymar, Robinho e, no lado de lá, o igualmente diferenciado Lionel Messi. Para municiar o trio, Mano Menezes usou e abusou da ousadia ao confirmar a presença de Elias como quarto atacante do ágil sistema observado no último treinamento do Brasil. Portanto, sobram interessantes apelos para quem poderá, enfim, analisar o potencial do renovado grupo de Mano.

As imagens do primeiro encontro entre Neymar e Ronaldinho Gaúcho, em Doha, roubaram as melhores cenas do ambiente. Era como se o garoto do Santos esquecesse as rotineiras inconsequências e as traquinagens incontroláveis diante da fama repentina para se transformar em tiete do astro do Milan.

Lá estava o ídolo da infância do menino que agora sobe no pedestal dos artilheiros. Só poderia sair de Neymar a promessa de que ele e Ronaldinho farão a dancinha para comemorar na cara dos inimigos.

 MAGIA

Ironia ou não, os argentinos comemoram o retorno de Ronaldinho Gaúcho. Até o polêmico Olé destacou a ‘volta da alegria'. No entanto, o diário lança uma pergunta... ‘Seguirá intacta a magia (de Ronaldinho)?'

Taticamente, Mano definiu Ronaldinho e Neymar nos espaços da esquerda. Elias irá correr mais à direita para servir Robinho. É o quarteto da velocidade, como se viu no coletivo. Os laterais Daniel Alves e André Santos poderão se revezar no apoio. Na zaga, Thiago Silva e David Luiz. Os volantes Ramires e Lucas ficarão na cobertura.  

Zaga sabe como brecar o melhor do mundo

O sistema defensivo é um dos pontos eficientes do esquema de Mano Menezes. Nos três primeiros amistosos do novo comandante, o Brasil não tomou gols. A equipe, totalmente modificada em relação aos tempos de Dunga, bateu Estados Unidos (2 a 0), Irã (3 a 0) e Ucrânia (2 a 0). Nada que pudesse testar a zaga canarinho.

Agora, porém, Victor, Daniel Alves, Thiago Silva, David Luiz e André Santos vão encarar a pesada artilharia dos argentinos. Terão pela frente Lionel Messi, o melhor do mundo, segundo ranking da Fifa. Em tese, o lateral André Santos já sabe como seguir os passos do meia. "Vamos encurtar os espaços e redobrar a nossa vigilância. Caso contrário, ele (Messi) bagunça em cima da gente. O ideal é pegar forte o tempo todo", sugere o ex-corintiano, ao citar um dos bons expedientes dos rivais.

Mano alertou os dois alas (André Santos e Daniel Alves) para uma das principais alternativas da Argentina - as deslocações de Messi e Di María, que às vezes atuam como se fossem pontas. Só que Mano controla os elogios ao canhotinha. "É cedo para compará-lo aos maiores. Ele precisa conquistar muitas coisas", acredita.

O zagueiro David Luiz, de olho nas previsíveis dificuldades, manda um recado aos companheiros. "Talentos como eles (Messi e Di María) gostam de liberdade. Não podemos nos desligar do começo ao fim", avisa o elogiado xerife. (das Agências)




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