Política Titulo Mauá
Donisete questiona coerência do PSB caso sigla apoie Atila

Para prefeito, é ‘complicado’ forçar diretório municipal a aderir candidatura que 'não quer'

Júnior Carvalho
Do Diário do Grande ABC
31/01/2016 | 07:00
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Montagem/DGABC


Incomodado com a postura da direção estadual do PSB em abrir as portas para abrigar a candidatura do deputado Atila Jacomussi (PCdoB) ao Paço de Mauá, o prefeito Donisete Braga (PT) questionou a “coerência” do partido caso opte em mudar de lado, já que atualmente integra o governo.

Para o petista, seria “complicado” a direção estadual da legenda “forçar o diretório (municipal)” a aderir a projeto oposto ao de sua reeleição no pleito de outubro. “É muito complicado quando você pega um diretório constituído, como é o de Mauá, não é provisório, e força a barra para apoiar alguém que, em tese, as pessoas não querem apoiar”, analisou o prefeito, em referência à participação do PSB municipal em seu governo – administra duas secretarias (Habitação e Segurança Pública) – e a relação próxima com o presidente do PSB mauaense, Carlos Tomaz, que é secretário da Pasta de Segurança. “Temos uma relação orgânica e umbilical com o PSB. É complicado você ir para o outro lado e criticar uma gestão da qual você fez parte e contribuiu. Imagina o PSB, se porventura, for contra a nossa administração. É uma questão de coerência”, discorreu Donisete.

Apesar de o PSB integrar o atual governo e de ter apoiado a candidatura de Donisete em 2012, o deputado estadual Caio França (PSB), filho do vice-governador e presidente do PSB paulista, Márcio França, afirmou ao Diário recentemente que está dialogando com Atila e que a tendência é de a sigla ser oposição ao PT.

A fala gerou indigestão entre as lideranças do PSB municipal, já que o partido vinha insistindo na manutenção do apoio a Donisete e, inclusive, admitido o desejo de indicar o candidato a vice dos petistas. “Ele (Caio) é um menino novo”, comentou um socialista.

Donisete aproveitou recente evento da secretaria estadual de Desenvolvimento Econômico, gerenciada por Márcio França, no Palácio dos Bandeirantes, para reforçar ao dirigente do PSB no Estado a intenção em ter a legenda no seu arco de alianças. “Eu encontrei o Márcio França no evento, mas não conversei com ele sobre isso”, despistou o prefeito.

Donisete também questionou a relação entre Caio e Atila, companheiros de Assembleia Legislativa. “É natural quando você tem relação no Parlamento, que tem o coleguismo, tem todas as gentilezas”.

Atila também admitiu a possibilidade de trocar o PCdoB pelo PSB para ser candidato. Mas garantiu que só haverá a mudança caso haja janela partidária para a troca de partido sem correr o risco de perder o mandato.  




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