Faltam remédios e sobram problemas na farmácia de medicamentos de alto custo mantida pela Secretaria de Estado da Saúde em Santo André.
O Diário passou uma manhã na fila em busca de remédios. Do pré-atendimento à retirada, a reportagem teve de esperar uma hora e 40 minutos, tempo considerado pequeno por quem está habituado à demora.
A média de espera é de quatro horas que, dependendo do dia e do caso, pode se estender para seis.
Não é à toa que os pacientes enfrentam uma verdadeira via-crucis. Além de o sistema de atendimento não ser informatizado (o painel indicador de senhas é o que há de mais moderno na superlotada sala de atendimento), somente quatro funcionárias se revezam no atendimento diário de, pelo menos, 1.000 pacientes.
A sala de espera é abafada e pequena. Não há cadeira para todo mundo e boa parte tem de ficar em pé. Chegar à farmácia – uma sala improvisada entre o estacionamento e os fundos do Hospital Mário Covas – significa ter permanecido por longos minutos e até horas em uma enorme fila em local descampado, sob chuva ou sol.
E faltam remédios no estoque. A relação das substâncias que figuram ou já constaram na lista de ausência é grande.No último dia 6, a falta de calcitonina, droga usada no tratamento da osteoporose, completou três meses.
A situação se estende há tempos. O Diário denuncia as falhas na distribuição dos remédios desde março do ano passado, mas os problemas se mantêm.
Procurada pela reportagem por diversas vezes, a Secretaria de Saúde não destacou nenhum responsável para esclarecer o caso.
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