Política Titulo Insegurança
PT cancela jantar
com medo de protestos

O partido faria uma festa para comemorar
os 33 anos em restaurante de São Bernardo

Por Rogério Santos
Do Diário do Grande ABC
22/06/2013 | 07:00
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Marina Brandão/DGABC


A onda de protestos que atingiu São Bernardo nos últimos dias teve reflexos políticos. O jantar que seria realizado na noite de ontem em comemoração aos 33 anos de fundação do PT foi cancelado.

A justificativa dada pela direção do partido é de que não foram vendidos todos os 2.000 convites para o jantar, que seria realizado na rota dos restaurantes.

“Vamos marcar uma nova data para a comemoração”, afiançou o presidente do diretório municipal petista, Wanderley Salatiel. Mas, fontes ligadas ao partido garantem que foi o prefeito Luiz Marinho (PT) que solicitou o adiamento da atividade por receio das manifestações.

O primeiro motivo foi para evitar que os convidados que não residem no Grande ABC encontrassem problemas para se deslocar até a cidade. Marinho também ficou com medo de um grupo de manifestantes mais exaltados tentar invadir o restaurante, um dos mais tradicionais da cidade, na Rota do Frango com Polenta.

A onda de protestos também levou a presidente da República, Dilma Rousseff (PT), a cancelar viagem para Bahia e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva de participar das comemorações pelo aniversário do PT em Goiânia.

O Grande ABC entrou na mira das manifestações populares que se proliferaram pelo Brasil na quarta-feira, com ato em São Bernardo. A cena se repetiu no dia seguinte, quando algumas lojas da região central foram saqueadas por vândalos. Também foram registrados confrontos entre a Polícia Militar e grupos de ativistas.

Ontem os protestos reuniram grande número de pessoas em São Bernardo, Santo André, Diadema, Mauá e Ribeirão Pires.

A onda de passeatas começou pedindo a redução da tarifa de ônibus na Capital, que foi reajusta pelo prefeito, Fernando Haddad (PT), de R$ 3 para R$ 3,20, e resultou também na diminuição do valor das passagens de Metrô e dos trens da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos). Pressionados, Haddad e o governador, Geraldo Alckmin (PSDB), anunciaram na quarta-feira a revogação do reajuste de R$ 0,20. Na região, o bilhete também foi reduzido a R$ 3.

Mas nem por isso as manifestações terminaram. Sem foco definido, manifestantes têm criticado os gastos astronômicos com a construção de estádios para a Copa do Mundo de 2014 e reclamado de partidos políticos.
 




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