Palavra do Leitor Titulo
Sustentabilidade

Cartas e Artigo

Dgabc
21/06/2011 | 00:00
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A Primeira Página deste Diário (sábado, 18) diz que o ‘Povo desconfia de ações de sustentabilidade'. O povo é sábio para questões óbvias, realmente não temos como acreditar em ações de empresas com relação à sustentabilidade e ao que chamam de meio ambiente. Que o digam os nossos rios mais ‘famosos' Tietê, Tamanduateí e Pinheiros. São esgotos a céu aberto. E o que dizer de nossas represas e praias, sempre impróprias? Dá para acreditar em alguém, em governos ou em alguma empresa? Difícil! As empresas em sua maioria com seu ISOs suspeitos não têm fiscalização suficiente e nunca trarão resultados eficientes. E as pesquisas que dizem que 74% não acreditam? Tenho por mim que são ineficazes também, pois essa porcentagem deve ser de 99%. Pena que quem governa não está nem aí! Estão preocupados em construir estádios e dar isenção de impostos de dez anos a times de futebol. Mas isenção de dez anos para o ‘Zé povinho' não tem, não é? Vamos pagar essa conta enorme também! E tome Copa do Mundo e Olimpíada. Tome passeata para coisas erradas! Para as ditas certas ninguém liga!

José Eduardo Zago

Mauá

Resposta

Sobre a carta do leitor José Ricardo Scutare (Cidade da Criança, dia 12), a Prefeitura de São Bernardo informa que o ingresso no valor de R$ 10 está associado aos altos investimentos realizados pelo permissionário para a eliminação dos vazamentos ali encontrados e dos altos custos operacionais mensais. Foram investidos na reforma R$ 350 mil; o custo mensal de manutenção é de R$ 22,5 mil e a estimativa de público ao mês é de 4.800 pessoas. Se dividirmos os custos pela expectativa de público, chegaremos ao valor de R$10,77. Assim, no período de 12 meses, a cobrança de R$ 10 cobriria apenas os custos e os investimentos realizados e, somente após o período de um ano o permissionário começaria a obter retorno dos investimentos. Ainda assim, conforme determinação da Prefeitura, o permissionário, a partir do dia 18/6, passará a aplicar desconto de 50% para todos os usuários do Submarino que tenham carteira de munícipes de São Bernardo (R$ 5 o ingresso). Para a obtenção da carteira, este deverá contatar a administração do parque.

Prefeitura de São Bernardo

Ditadura

A melhor e mais recente decisão que o empresário e apresentador Silvio Santos tomou foi permitir que o novelista Tiago Santiago levasse às telas a trama Amor e Revolução. A Organização das Nações Unidas cobra do governo tupiniquim mais dados sobre os tempos da ditadura brasileira, principalmente questões envolvendo torturas. Será que haverá liberação? Infelizmente, está mais fácil o Arquivo Nacional levar ao conhecimento do público documentos sobre casuísticas ufológicas.

Luiz Felipe T. Erdei

Capital

Até quando?

O governo vai gastar milhões na Copa de 2014 e Olimpíada de 2016, bombeiros têm salário de fome de R$ 950, gripe suína matando população que não foi vacinada, corrupção em Campinas, Taboão da Serra e outras cidades, Palloci impune, inflação corroendo salário e o ministro da Fazenda se vangloriando que o risco Brasil é melhor que o dos Estados Unidos, famílias individadas graças ao incentivo do governo federal, mortes no Pará, professor apanhando na sala de aula, Battisti cidadão brasileiro, fronteiras sem fiscalização, drogas por todos os lugares... Até quando?

Antonio Marcos Costa

Mauá

Privatizar o governo

A arrecadação de impostos não para de subir, por dois motivos: o governo aumenta alíquotas e cria outros impostos e a iniciativa privada, mais eficiente, competente e ética do que os governos, aumenta seu faturamento e o consequente pagamento de impostos, que o perdulário governo gasta muito mal. A solução é privatizar o governo, para que não haja gastos secretos escondidos por lei.

Mário A. Dente

Capital

Artigo

 

Ainda dá tempo de estancar

A união da Força Sindical e Central Única dos Trabalhadores com a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, em evento realizado em São Paulo, é uma tentativa de se estancar a desindustrialização do Brasil. Ainda dá tempo se tanto trabalhadores dos mais diferentes setores (comércio, serviços, agricultura e indústria) como os empresários destes setores e os cidadãos brasileiros se derem conta que avançamos, infelizmente, para uma economia de fachada.

A casa está bonitinha por fora, bem pintadinha, com os azulejos no lugar, com visual que impressiona a todos e que percebemos pela abundante oferta de serviços e de um comércio cheio de vigor.

Mas a estrutura industrial que garante a sustentação da nossa economia, que tem a ver com a produção dos bens e mercadorias que deveriam sustentar os serviços e o comércio está cada vez mais comprometida. A indústria brasileira representava 27,4% do Produto Interno Bruto do País em 1980, mas atualmente a participação equivale a 15,8% de toda a riqueza gerada. O mesmo aconteceu com os empregos proporcionados pela indústria, que representavam 25,4% dos postos de trabalho em 1985 e hoje ficam com 18,1% do total.

A força-tarefa montada pelos empresários e sindicalistas do setor industrial apresentou ao governo da presidente Dilma uma série de reivindicações, que incluem desde desonerações tributárias para empresas e empregados até a redução da taxa básica de juros. A cada ponto percentual de aumento na taxa Selic, o Brasil paga, por ano, R$ 20 bilhões a mais em juros. Dinheiro que deve ser redirecionado para investimentos produtivos, para a qualificação e a geração de empregos com salários de qualidade. Para os trabalhadores interessa também a discussão e aprovação pelo Congresso Nacional, ainda neste ano, da redução da jornada para 40 horas semanais, sem redução dos salários; o fim do fator previdenciário e a assinatura da Convenção 158, que regulamenta as demissões imotivadas.

Unimo-nos pelo Brasil, pela defesa de nossa indústria e do nosso mercado interno. Senão corremos o risco, como alertou Paulinho da Força, de nos tornarmos um País de apertadores de parafusos. E, o pior, passarmos a produzir apenas para financiar empregos nos países asiáticos, consumindo bugigangas e deixaremos escapar o vigor de nossa indústria, que arrastará para o ralo nossos empregos.

Cícero Martinha é presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Sto.André e Mauá.




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