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Recuo de Grafite desagrada a entidades
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21/04/2005 | 13:49
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A suposta intenção do atacante Grafite de deixar de propor a queixa de injúria qualificada contra o zagueiro argentino Leandro Desábato, do Quilmes, como já foi noticiado na Argentina, desagrada profundamente os representantes das entidades que lutam contra o racismo. Frei Davi, da Educafro, órgão que briga pelos direitos dos afrodescendentes e negros carentes de São Paulo, faz um apelo para que o jogador não desista "de uma luta que já perdura 500 anos no país". "Se isso se confirmar, a causa sofrerá uma grande derrota. Por isso, apelamos ao Grafite para que siga denunciando atitudes racistas dentro e fora do futebol", disse.

No calor da discussão que tomou conta do noticiário esportivo na última semana, Grafite foi o primeiro a bater no peito e afirmar sua disposição de seguir com a causa. "Não vou me inibir se houver outro caso. Vou reagir sempre. Gostaria muito de me aproximar dos representantes das comunidades negras. Farei tudo que puder para ajudar nesta luta", disse o atacante, um dia depois da prisão de Desábato.

O jogador são-paulino ainda não tomou sua decisão. Mas somente ele poderá levar o caso adiante. A lei diz que o ofendido, e mais ninguém, tem prazo de seis meses para propor a queixa de injúria qualificada – artigo 140, parágrafo 3º do Código Penal, com prisão de um a três anos.




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