Vindo de fracassos consecutivos e ainda sem ter cicatrizado a ferida deixada pela desclassificação nas eliminatórias para a Copa do Mundo da Alemanha, o Uruguai aposta que pode recuperar sua identidade de campeã na Copa América. Com 14 títulos, a Celeste é maior vencedora do torneio, ao lado da Argentina.

"Sabemos que o Brasil e a Argentina são potencialmente superiores, mas esse torneio para o Uruguai constitui uma responsabilidade histórica, que nos estimula a chegar muito longe na Venezuela, e sem prejuízo para nossa participação nas eliminatórias da Copa do Mundo de 2010, nosso outro grande objetivo", disse o treinador uruguaio, Oscar Tabárez.

Em março de 2006, quando assumiu pela terceira vez o comando da seleção de seu país, o treinador anunciou uma volta às origens, ao velho 4-3-3, um esquema de jogo com história no futebol uruguaio. Segundo Tabárez, assim, permite à sua equipe jogar com menor potencial técnico e contar com maiores possibilidades de triunfo.

A receita começou a render frutos nos jogos de preparação para a Copa América, quando o Uruguai somou sete vitórias e somente duas derrotas.

"Estamos fazendo uma preparação satisfatória e, junto com o Brasil, somos a seleção que mais disputou amistosos. Agora, o momento é de tentar fazer com que os jogadores assimilem a tática do time e somar a isso a mística da celeste e outros ingredientes", disse Tabárez.

Chave - Integrante do Grupo A da primeira fase da Copa América, o Uruguai fará sua estréia contra o Peru, no dia 26 de junho, na cidade de Mérida. Depois, a equipe enfrentará a Bolívia, no dia 30, em San Cristóbal, e encerrará sua participação no grupo no dia 3 de julho, em Mérida, diante da anfitriã Venezuela.