A Bovespa acompanhou as Bolsas norte-americanas bem de longe ontem. Vale e Petrobras deram sustentação ao índice, influenciadas, respectivamente, pelo fracasso da operação de compra da anglo-suíça Xstrata e pela disparada do petróleo no mercado externo.

As duas empresas detêm, juntas, cerca de 30% de participação no Ibovespa. Isso significa que elas têm força para mexer no índice, embora os outros 70% tenham sido influenciados pelo mau comportamento das Bolsas norte-americanas, o que impediu a Bovespa de avançar ainda mais.

O resultado foi uma alta de 0,3% no Ibovespa, aos 61.415,3 pontos. O índice oscilou entre a mínima de 60.759 pontos (-0,78%) à máxima de 61.849 pontos (+1%). No mês, acumula perdas de 3,27% e, no ano, de 3,87%.

As ações da Vale dispararam depois da notícia de que fracassou a operação de compra da anglo-suíça Xstrata, comunicada no final da tarde de anteontem após o fechamento do mercado. Os analistas não gostavam da operação por causa do alto endividamento que a brasileira ia assumir.

Legalmente, a brasileira ainda tem um prazo de seis meses para fazer uma nova oferta pela Xstrata, o que muitos especialistas avaliam que deve acontecer. Vale PNA e Vale ON estiveram entre as maiores altas do Ibovespa (segunda e terceira, respectivamente), com elevação de 4,56% e 4,37%.

Já a Petrobras continuou a subir por causa da disparada do petróleo: os contratos para maio avançaram 4,62%, a US$ 105,90, por causa da notícia de que o uso da capacidade instalada nas refinarias norte-americanas recuou a 82,2% na semana encerrada em 21 de março, para o menor nível desde outubro de 2005. Petrobras ON teve elevação de 1,04% e Petrobras PN, +1,63%.