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Ficou de bom tamanho...
Por Dérek Bittencourt
Do Diário do Grande ABC
16/06/2011 | 00:38
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Santos e Peñarol fizeram jogo emocionante nesta quarta-feira à noite, no Estádio Centenário de Montevidéu, no Uruguai, mas abaixo das expectativas de uma final do principal campeonato do continente. O empate sem gols foi melhor para o Peixe, que define o tricampeonato da Libertadores na quarta-feira, no Pacaembu, com apoio da torcida.

Todos sabiam que seria o duelo entre a habilidade e a técnica santista e a raça uruguaia. Tais aspectos se equilibraram quando a bola rolou. Não que isso signifique grande jogo, mas os times alternaram boas oportunidades de gol e alguns exageros em faltas.

As jogadas do Peñarol procuravam quase que exclusivamente o meia-atacante Martinuccio. O habilidoso camisa dez era a arma ofensiva do time da casa. Já do lado do Peixe, Elano, Neymar e Alex Sandro eram os caminhos para o gol, enquanto Durval - único titular da zaga que não tinha Léo, Jonathan e Edu Dracena - mantinha a calma com consciência e imponência.

Mas em bobeada do sistema defensivo, o Peñarol chegou pela primeira vez: aos sete, Oliveira foi lançado na área e, antes do arremate, viu a boa intervenção do goleiro Rafael.

O Santos não iniciou a partida muito ligado. Errava passes curtos e cavava muitas faltas. Tanto que, aos 16, Neymar levou cartão amarelo por simulação - mesmo que o adversário o tenha acertado. Mas a advertência fez bem à Joia santista, que logo em seguida realizou boa jogada, passou por três adversários e serviu Alex Sandro; o lateral arrematou e obrigou Sosa a grande defesa.

A pressão santista era grande, tanto que logo na sequência a bola foi alçada na área e Bruno Rodrigo acertou o travessão do Peñarol. Neymar serviu novamente Alex Sandro, que como no lance anterior soltou a bomba e obrigou o arqueiro uruguaio a intervir.

A partir daí, o Peñarol assumiu o controle do jogo. Muito em razão dos seguidos cochilos de alguns jogadores do Peixe. Aos 43, Rafael salvou cabeçada de Guillermo Rodríguez. No minuto seguinte, Darío Rodríguez foi lançado nas costas de Pará e tentou por cobertura: o camisa um apenas torceu e assistiu a bola sair.

Na segunda etapa, aos poucos o técnico Diego Aguirre se deu conta de que trazer o 0 a 0 para São Paulo não seria bom resultado. Assim, mexeu no time e foi para cima. Só que deu espaços atrás. Aos três, viu Sosa desviar chute de Zé Eduardo. O atacante ainda teve chance de cabeça, aos 27, mas a bola passou rente à trave.

Depois disso, a pressão foi tanta que só restou ao Santos se defender, o que soube fazer. Sobretudo com Rafael, que fez defesas em chances de Martinuccio e Estoyanoff, e ainda viu Olivera perder grande chance na área. Os uruguaios tiveram até gol anulado - Alonso estava em posição irregular. E, para sorte e competência santista, ficou por aí.

 

Santistas confiam na torcida para erguer a taça em S.Paulo

Não foi a vitória que os santistas esperavam, mas diante das circunstâncias o empate por 0 a 0 foi comemorado pelo Peixe. Os jogadores mostraram confiança na conquista do título, quarta-feira, no Pacaembu.

"Não deixa de ser um grande resultado, fora de casa, suportando a pressão. Agora vamos decidir em casa, ao lado dos nosso torcedores e espero pode comemorar o título porque nosso time merece", afirmou o volante Arouca.

Um dos mais experientes do grupo, o meia Elano fez questão de colocar os pés no chão. "Já tivemos experiências com clubes brasileiros em Libertadores e não dá para bobear. Conseguimos boa vantagem aqui no Uruguai, mas temos que tomar cuidado para não sermos surpreendidos no Pacaembu", alertou




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