Aproveitando a forma tranquila de relacionamento dos vereadores com o Paço, a sessão da Câmara de São Caetano de hoje será recheada de requerimentos de informação sobre atuação de alguns secretários do Executivo. Com a ordem do dia vazia - apenas dois projetos de lei considerados inconstitucionais pelo setor jurídico -, o plenário investirá no debate político.

Eder Xavier (PCdoB) preparou documento que pede a convocação do secretário de Governo e vice-presidente da Fundação ABC, Marco Antonio Santos Silva, para explicação da dívida da cidade com a entidade. O débito foi declarado de R$ 46,1 milhões, sendo o maior da Secretaria de Saúde. "Ele é curador e vice-presidente da Fundação ABC e também o negociador da dívida", apontou o parlamentar.

O comunista também quer detalhes da atuação na Fundação ABC do companheiro de Câmara José Roberto Espíndola Xavier (PMDB). "Ele ficou três anos e meio por lá. Quero todos os prontuários e quantos pacientes ele atendeu. Estou tendo dificuldade em obter essa informação. Acho que vou ter que usar a Lei de Acesso à Informação", comentou Eder.

Secretário de Esporte e Turismo, Gilmar Tadeu Ribeiro Alves (PCdoB) também está na mira dos parlamentares. Pio Mielo (PT) tem questionado atendimento à população e manutenção nos centros esportivos da cidade.

O secretário de Serviços Urbanos, Dorival Fernandes, deve ser questionado por ter quantificado o número de intervenções na cidade. Com apoio do ex-vereador Gilberto Costa (PEN), Pio deve levar à tribuna pedido para que o tituar apresente todos os números de processo das ordens de serviços feitas na cidade por ele.

Os projetos de lei inconstitucionais que serão votados hoje são de autoria do líder do governo, Jorge Salgado (PTB) - propõe parceria público privado para conservação de calçadas - , e de Beto Vidoski (PSDB) - proíbe uso de fogos de artifício em estádios.