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Löw rejeita favoritismo e se diz pronto para enfrentar o Brasil

Técnico alemão crê em superação dos anfitriões
após perder o seu principal jogador por lesão

Anderson Fattori
Enviado a Belo Horizonte
08/07/2014 | 07:00
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Ricardo Trida/DGABC


O técnico da Alemanha, Joachim Löw, rejeitou o rótulo de favorito na luta por uma vaga na final da Copa do Mundo. Segundo ele, a ausência de Neymar pode ocasionar motivação extra aos brasileiros e isso serve de alerta para que o time alemão entre ainda mais focado no confronto.

“Os golpes duros costumam despertar forças adicionais. Ninguém deve imaginar que a nossa missão ficou mais fácil por causa da lesão do Neymar, muito pelo contrário”, disse o treinador.

Löw estudou e garantiu estar preparado para qualquer formação que possa ser usada por Felipão. “O Brasil, até onde eu saiba, sempre joga com três jogadores no meio de campo. Era com Neymar, Oscar e Hulk. Tem o Luiz Gustavo e o Fernandinho também. Tem meias que jogam um pouco mais na defensiva, mas é possível atuarem jogadores que estão atacando mais. Estaremos prontos para qualquer que seja a escalação escolhida”, garantiu o técnico alemão.

A exemplo de Felipão, que apostou na força da torcida para que a Seleção saia vitoriosa, Löw chamou atenção para o apoio que vem do seu lado das arquibancadas. “Acredito que o Brasil irá liberar sua paixão e emoções fortes, isso é claro. É óbvio, fácil de ver nos jogos anteriores. Ali está a paixão. Neste estádio qualquer ataque que se aproxime do gol será acompanhado por gritos. Temos de fazer tudo para que nossos jogadores se concentrem e tenham coragem para fazer o que precisam fazer”, comentou o alemão.

O confiante treinador, porém, disse estar preocupado com a violência do time brasileiro. “O jogo entre Brasil e Colômbia foi uma luta dos dois lados e isso é preocupante”, afirmou.Após a partida das quartas de final, o Brasil se tornou a Seleção mais faltosa da Copa, com 96 infrações.

Germânicos também sofrem com desfalques de atletas importantes

Se o Brasil chora a ausência de Neymar, a Alemanha também tem o que lamentar. No último amistoso, antes da viagem para disputar a Copa, o time perdeu um dos seus principais jogadores. O atacante Marco Reus, do Borussia Dortmund, era visto pela imprensa alemã como candidato a protagonista do Mundial.

O jogador, 25 anos, era a referência de geração que começou a ser trabalhada há seis anos para chegar ao Brasil em condições de levantar o título. A ausência de Reus fez com que Joachim Löw optasse por Gotze, mas ele não tem correspondido e deve perder a vaga para Klose que, por sua vez, pode ter a última chance de passar Ronaldo na artilharia de todas as Copas, lembrando que a Alemanha ainda tem mais um jogo no Mundial do Brasil.

Além de Reus, os alemães sentem falta de outros quatro jogadores lesionados: lateral Marcel Schmelzer (púbis), zagueiro Holger Badstuber (ligamento do joelho), além dos irmãos Sven Bender (púbis) e Lars Bender (lesão no tendão e músculo da coxa).

Seleções se reencontram após 12 anos

A partida de hoje, entre Brasil e Alemanha, remete à final histórica da Copa do Mundo de 2002, disputada na Coreia do Sul e Japão. Na ocasião, brasileiros e alemães se encontraram pela primeira vez no maior torneio de futebol do planeta. E a Seleção, comandada por Felipão, levou a melhor e conquistou o pentacampeonato.

O duelo decisivo no Estádio Inernacional de Yokohama, no Japão, ficou marcado pela superação de um jogador. O atacante Ronaldo, que havia sido apontado como principal responsável pela derrota do Brasil na final para a França, quatro anos antes, recuperou o bom futebol e marcou os dois gols da vitória por 2 a 0.

A equipe brasileira tinha, além do Fenômeno, jogadores de talento indiscutível, como os meias Rivaldo e Ronaldinho Gaúcho, o lateral-esquerdo Roberto Carlos, entre outros atletas. Ronaldo foi o artilheiro do torneio com oito gols.

Já pelo lado da Alemanha, as principais apostas da equipe comandada pelo ex-jogador Rudi Voller eram o goleiro Oliver Kahn, que falhou em um dos gols do Brasil, o meia Bernd Schneider e o atacante Miroslav Klose, ainda na equipe.




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