Um operador de telefonia foi preso ontem acusado de integrar quadrilha que roubou pelo menos dois estabelecimentos comerciais na região do Jardim Novo Horizonte, em São Bernardo.

Os outros integrantes já foram identificados pelos policiais civis do 8º DP (Alvarenga). Só não foi possível a prisão do restante do bando por conta da suposta participação da funcionária de um depósito de materiais para construção, que é suspeita de colaboração. Antes vítima, ela não reconheceu os autores, apesar das semelhanças físicas com os homens que aparecem nas imagens das câmeras de segurança. A polícia descobriu que ela ligou cerca de 50 vezes para o celular de um dos criminosos, muitas das quais antes de começar a trabalhar no local, no fim de agosto.

Já Wesley José Alves da Silva, 23 anos, não escapou de ser autuado por roubo e formação de quadrilha. Prestador de serviços de uma empresa de telefonia, foi identificado pela vítima de outro crime, em um mercado.

As duas ocorrências aconteceram no dia 5. A diferença de atuação chamou a atenção dos policiais. A funcionária do mercado levou coronhadas da arma usada por Silva, além de ser constantemente ameaçada. No depósito, o suspeito aparece apenas com a mão dentro do bolso da calça. O quarteto chegou em duas motos, ao mesmo tempo. Uma testemunha anotou a placa da Twister azul e logo os policiais descobriram a Fazer, também azul.

Os quatro acusados são moradores do bairro Eldorado, em Diadema, e não têm antecedentes criminais. Silva alegou que deixou sua moto no conserto em São Bernardo, mas o mecânico desmentiu as informações.

O delegado Elcio Alvares vai pedir a quebra dos sigilos telefônico e bancário dos suspeitos e deve indiciar o restante deles nos próximos dias. Há suspeita de que sejam autores de crimes semelhantes na região. "O bando colhia informações durante as visitas de trabalho e sabiam o que roubar", disse. "Depois conseguiam escapar utilizando a Estrada dos Alvarenga como rota de fuga. Mas foram descobertos antes", explicou Alvares.