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A eternidade do efêmero

Adaptação de ‘A Culpa é das Estrelas’, de
John Green, chega às telas do cinema hoje

Por Caroline Ropero
05/06/2014 | 07:00
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Divulgação


Romantismo e emoção são a receita de A Culpa é das Estrelas, adaptação do livro homônimo de John Green que estreia hoje nos cinemas. O longa traz um roteiro fiel à narrativa literária, explorando o sentimentalismo e a paixão adolescente. A história é sobre a jovem Hazel Grace, de 16 anos, interpretada por Shailene Woodley (Divergente), atriz que está em alta em Hollywood.

A protagonista tem câncer na tireoide, que evoluiu para uma metástase no pulmão. Por isso, anda sempre com um cilindro de oxigênio e uma cânula no nariz para respirar. Para ajudar no tratamento, é forçada pelos pais e médicos a frequentar um grupo de apoio para crianças com câncer. É lá que Hazel conhece o carismático Augustus Waters (Ansel Elgort), 17 anos, que teve a perna amputada por causa do osteosarcoma.

A paixão é imediata e o flerte ganha força com a troca dos livros preferidos, torpedos e ligações demoradas. O relacionamento ajuda Hazel a diminuir os efeitos da depressão, que tanto assusta sua mãe (Laura Dern, de Coração Selvagem).

Na trama, Gus encontra uma maneira de realizar o sonho da namorada de conhecer o autor do romance fictício Uma Aflição Imperial, o preferido da garota. O escritor Peter Van Houten é interpretado pelo renomado Willem Dafoe (Homem-Aranha), que traz para as telas a personalidade rude e peculiar do personagem.

Fãs podem esperar por cenas muito parecidas com a narrativa do livro e, é claro, algumas modificações. O diretor Josh Boone (Ligados pelo Amor) optou por explorar o lado romântico e deixou um pouco de lado o drama e as consequências na vida de um paciente com câncer terminal, como é enfatizado na literatura. Também foram cortados alguns personagens, como a melhor amiga de Hazel, e a fragilidade do pai da protagonista é minimizada.

A mistura do romance teen com o drama da doença terminal consegue o efeito de trazer à tona muitas lágrimas. A adaptação lembra os filmes baseados nos livros de Nicholas Sparks.

A inspiração para escrever uma história de jovens com câncer veio da amizade com Esther Earl, que morreu da doença aos 16 anos, em 2010. O escritor e a garota se conheceram em uma convenção do Harry Potter e o relacionamento se fortaleceu pelo bate-papo on-line.

Neste ano, a família da garota publicou o livro A Estrela Que Nunca Vai se Apagar (Editora Intrínseca, 448 págs., R$ 39,90), com citações do diário pessoal da filha, depoimentos de amigos e parentes. A introdução é feita por John Green.

Lançado no Brasil em julho de 2012, A Culpa é das Estrelas (Editora Intrínseca, 288 págs., R$ 29,90) vendeu cerca de 1,25 milhão de cópias. O livro é o mais vendido no País, e outros três títulos do autor estão na lista dos dez primeiros, sendo Quem é Você, Alasca?, Cidades de Papel e O Teorema Katherine.

A publicação Cidades de Papel também vai virar filme. Os direitos já foram comprados pela Fox. Parte da equipe será a mesma do longa que chega hoje às telas, como os produtores Marty Bowen e Wyck Godfrey, e o ator Nat Wolff, que vive Isaac, e deve interpretar o protagonista.   




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