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A Psicologia e as ações sociais

A sociedade brasileira é muitíssimo carente de atenção básica...

Dgabc
02/10/2012 | 00:00
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Artigo

A sociedade brasileira é muitíssimo carente de atenção básica seja na alimentação, no transporte, no saneamento, na Educação ou na Saúde. Nestas duas últimas áreas ainda estamos muito longe de atingir o mínimo necessário para que a população possa ter suas necessidades primárias atendidas. A sociedade civil vem se organizando, há alguns anos, em torno de ações sociais que visam cobrir estas lacunas. Igrejas, colégios, jornais, entidades filantrópicas, ONGs, Associações de Moradores, entre outras estão realizando trabalhos muito importantes que levam à população diversos serviços básicos.

O impacto destas ações tem sido tão importante que os modelos vêm se desdobrando em várias atividades e estimulando as universidades, que primordialmente são constituídas por três pilares: o ensino, a pesquisa e a extensão.

Entende-se como extensão a aplicação de tudo que é desenvolvido, principalmente no campo das pesquisas, mas também do ensino, para devolver à sociedade o conhecimento criado dentro dos seus muros. As atividades de extensão como atendimentos jurídicos, de nutrição, fisioterapia e psicologia, geram serviços gratuitos pelos quais os alunos, com supervisão de seus professores e embasamento teórico e científico ganham experiência profissional e ao mesmo tempo desenvolvem práticas cidadãs e conceito de responsabilidade social. É um campo fundamental para o crescimento do aluno e para concretizar este pilar.

Mas a sociedade, na sua constante multiplicação de necessidades não pode parar, ela nos impele a romper muros e barreiras. Os problemas sociais não podem depender de um espaço físico pré-determinado para serem atendidos. A universidade tem sido chamada para atuar nas comunidades, nas praças, nas vielas, nas escolas, como é o caso do belo projeto Diário do Grande ABC nos Bairros.

A ideia é não esperarmos pelos problemas, mas irmos até onde se encontram as demandas. Na Psicologia isto é crucial: preparar os alunos para olhar a comunidade e analisar tudo o que ela necessita. Desta forma, não iremos aperfeiçoar um futuro profissional para trabalhar apenas com uma faixa de renda da população, mas para todos os substratos que existem nela. Isto dá ao aluno bagagem de experiências sociais que o enriquecem profundamente. É um aluno que pensa soluções mais amplas, que articula a teoria com práticas mais aplicadas.

O curso de Psicologia da Anhanguera Uniban, do campus ABC, vem participando de ações sociais na Região. Já estamos na 9ª edição em 2012, levando para a comunidade o plantão psicológico. Com estas iniciativas, o estudante vai a campo e retorna para acompanhamento das dúvidas e de todo o trabalho feito. Com isso, enriquece sua formação e a universidade aperfeiçoa o conceito de extensão. O conhecimento acadêmico, científico, não tem valor se não é devolvido à sociedade que o fomenta. A Anhanguera Uniban e o Diário vêm apostando nisso.

Armando Rezende Neto é coordenador do curso de Psicologia da Anhanguera Uniban de São Bernardo, controlada pela Anhanguera Educacional.

PALAVRA DO MORADOR

Participação

Minha filha estuda na escola e sempre que acontece qualquer coisa, a gente gosta de participar. Achei superinteressante ter atendimento psicológico no evento. É importante e muita gente precisa. Os serviços aqui ajudam a lembrar que não podemos esquecer de ter esses cuidados.

Valdirene Nunes de Brito Sales, 36 anos, comerciante

Valorização

Esse tipo de evento é muito bom porque levanta o ânimo da comunidade que participa. A população é carente e precisa disso. Os serviços na área da Saúde são os aspectos mais interessantes.

Jenniffer Gomes, 18 anos, estudante

Oportunidade

Quis conferir o que teria. Fiz a unha e teste de glicemia. Minha filha passou pela avaliação odontológica. Acho que mais gente poderia vir para aproveitar tudo isso porque aqui nunca tem nada.

Albina Santos Raphael, 32 anos, cabeleireira

Satisfação

Minha neta estuda na escola e falou que era para vir porque seria muito bom. Eu acreditei. A população precisa disso. Deveria ter sempre.

José Damião Gomes dos Santos, 50 anos, pedreiro

Reclamação

Às vezes, reclamo com minha mãe porque nunca saio. Precisa ter mais parques na cidade. Achei o evento muito legal porque tem diversão para a gente.

Jenifer Alves Gubenyi, 10 anos, estudante

Surpresa

A gente soube do evento pela escola. Minha caçula falou que teria de levá-la. Não imaginava que seria assim. Pensei que teria pouca coisa. É muito legal porque o bairro nunca tem nada. Não tem como ir ao shopping porque sai muito caro. Aqui a criançada se diverte.

Dirce Carvalho, 41 anos, empregada doméstica

Opção

Falta lugar de diversão para as crianças. Às vezes, vamos ao Parque Celso Daniel (em Santo André). Então, quando tem algo no bairro, precisamos aproveitar.

Regina Aparecida Moraes, 37 anos, cabeleireira

Lazer

Nossa região não tem lazer, por isso, ficamos mais em casa. Se quiser fazer algo precisa se locomover para Mauá. De segunda a sexta também não temos possibilidade de fazer nada. Esse evento é oportunidade que a gente tem para sair com a família de fim de semana.

Reginaldo Moreno, 40 anos, motorista




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