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Agronegócio tem crescimento balanceado

O PIB (Produto Interno Bruto) do agronegócio paulista saltou de R$ 195,7 bilhões em 2008 para R$ 213,1 bilhões em 2013

Do Diário do Grande ABC
05/12/2016 | 07:00
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O PIB (Produto Interno Bruto) do agronegócio paulista saltou de R$ 195,7 bilhões em 2008 para R$ 213,1 bilhões em 2013, o que representou um crescimento de 8,86% no período. Com isso, o setor alcançou o notável patamar de 20% no PIB do agronegócio brasileiro e 15% no PIB global do Estado de São Paulo. Os números espelham uma realidade positiva do segmento, se comparada aos demais setores da economia. Estudo da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo), divulgado sexta-feira, conclui que o agronegócio paulista tem apresentado um padrão de crescimento ‘mais balanceado’ em comparação ao conjunto da economia brasileira, em que se tem observado um processo marcante de desindustrialização. Naquele período, o segmento ‘dentro da porteira’ – de produção de matérias-primas –, cresceu com uma taxa acumulada de 13,41%, seguida dos segmentos agroindustrial (9,74%) e serviços (9,61%).

Cana é o destaque
Segundo a Fapesp, entre as atividades agrícolas do Estado, o maior destaque em termos de área cultivada é a produção de cana-de-açúcar, que utiliza cerca de 60% da área plantada. A indústria sucroalcooleira transforma R$ 4,8 bilhões de cana em R$ 13,6 bilhões de açúcar e etanol, quase triplicando o valor da matéria-prima. O milho vem a seguir, com 13%, seguido pela soja e a laranja, que ocupam 8% e 7% da área plantada, respectivamente. A cana também lidera a geração de renda em atividades agrícolas, com 46%, seguida pela laranja, com 16%, o milho (6,6%), a soja (4%) e o café (3,6%).

Agroindústria
Entre as atividades agroindustriais, destacam-se a indústria sucroalcooleira, que possui 22% de participação no PIB agroindustrial, seguida pela de celulose e papel (15,4%), bebidas (10,1%), abates de animais (6,1%), móveis (5,9%), panificação (4,6%) e vestuário (4,1%).

Especialização produtiva
São Paulo é bastante dependente da compra de produtos agropecuários de outros Estados para assegurar o processamento e o abastecimento interno, segundo a análise do pesquisador Geraldo Sant’Ana de Camargo Barros, professor da Esalq-USP (Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo), de Piracicaba. O Centro-Oeste do Brasil, por exemplo, fornece para São Paulo bovinos para abate, soja e milho para esmagamento e madeira para a produção de celulose.

Importação
Minas Gerais fornece madeira para serraria juntamente com o Estado do Paraná, que também fornece suínos. E parte do algodão processado em São Paulo vem de Goiás e da Bahia, enquanto o trigo é procedente de Estados do Sul do País e da Argentina. “Essa importação por São Paulo de alguns produtos e insumos de alguns Estados e países, contudo, é normal, uma vez que, para o Estado e para o País, o que importa é que cada região produza de acordo com suas vantagens comparativas”, opina.

Gás paulista
As três distribuidoras de gás canalizado de São Paulo – Comgás, Gas Natural São Paulo Sul e Gas Brasiliano – terão de investir R$ 12,8 bilhões até 2029, para atender aos compromissos de expansão das redes de distribuição. Com isso, a rede de gasodutos passaria dos atuais 16 mil quilômetros para 45 mil quilômetros e o número de municípios atendidos por rede de gás natural canalizado, no Estado, saltaria de 143 para 285, equivalente a 44% das cidades paulistas. Segundo o jornal Valor Econômico, a expectativa do governo paulista é que 5,2 milhões de unidades consumidoras tenham gasodutos à sua disposição até 2029, frente ao 1,78 milhão de consumidores hoje conectados à rede no Estado.
No cardápio
Restaurantes poderão ser obrigados a informar em seus cardápios a presença de glúten e lactose nas refeições, se for aprovado projeto de lei nesse sentido, de autoria de Chico Sardelli (PV). Já tem o aval da Comissão de Saúde da Casa.

Dengue
A proximidade do verão traz de volta os alertas sobre os riscos de novos surtos de dengue, chikungunya e zika. No período chuvoso, aumenta a proliferação do mosquito. Ações básicas, como não deixar água parada em residências e em terrenos públicos, evitam a proliferação de casos. Para isso, há a necessidade de mobilização da comunidade, especialmente para o controle dos focos do mosquito e tratamento correto das doenças causadas pelo inseto.  




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