Política Titulo Mesmo em crise
Gabriel Maranhão reajusta próprio salário e de secretários

A partir de 2017, tucano de Rio Grande, recém-reeleito, passará a ganhar R$ 19,5 mil

Por Vitória Rocha
Especial para o Diário
03/12/2016 | 07:00
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Denis Maciel/DGABC


Em meio à grave crise financeira na cidade, o prefeito reeleito de Rio Grande da Serra, Gabriel Maranhão (PSDB), reajustou o próprio salário e o de seus secretários para a gestão 2017-2020. O tucano autorizou acréscimo de 21,62% em seu vencimento mensal, saltando dos R$ 16.033,87 para R$ 19,5 mil. Para o seu primeiro escalão, a majoração foi de 26,67%, subindo de R$ 7.500 para R$ 9.500. A remuneração da vice-prefeita e possível sucessora de Maranhão em 2020, Marilza de Oliveira (PSD), foi a única a se manter sem modificações, permanecendo em R$ 8.500.

A elevação salarial no Executivo de Rio Grande foi aprovada pela Câmara pela maioria dos 13 parlamentares. Apenas os vereadores da oposição Benedito Araújo, o Ditinho (PT), João da Psiu (PT) e Cleson Alves (PMB) foram contra a proposta.

Questionado sobre o assunto, Maranhão não demonstrou preocupação com os futuros gastos públicos. “É importante ser falado da perda salarial que temos. Diferentemente dos demais funcionários do Paço, que recebem reajuste anual, nós só podemos reajustar nossos salários de quatro em quatro anos. Um bom salário é essencial para que possamos contratar bons profissionais técnicos porque eles terão salário equivalente à sua especialização como no mercado de trabalho”, explicou o prefeito.

“Hoje nós temos muita dificuldade para trazer um médico, por exemplo, com um salário como estava. Como vamos trazer um secretário de Obras que tem que ter uma boa formação? Então, esse salário será reajustado só daqui a quatro anos. Sabemos que a crise assolou o País, mas o prefeito deu aumento aos funcionários ao longo do tempo, mas nós, vereadores, não. Então, é necessário”, explicou Claurício Bento (DEM), um dos parlamentares da base de sustentação do tucano.

CONTRASTE
A elevação salarial de Maranhão em 21,62% foi amplamente superior ao índice aprovado aos servidores, que atingiu margem de 9% de aumento nos vencimentos.

Outro comparativo destoante envolve a própria trajetória de Maranhão no Executivo. Em 2013, em seu primeiro ano de gestão, o tucano encaminhava à Câmara projeto de lei que reduzia seu salário em R$ 1.000 e R$ 500 dos vencimentos dos 11 titulares de Pastas. Foi aprovado por unanimidade pelos vereadores, na ocasião. 




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