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Salão duas rodas para profissionais
Por Wagner Oliveira
Do Diário do Grande ABC
24/03/2010 | 07:01
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O evento surgiu voltado para o motoboy, mas neste ano mudou de nome. O Moto Festival, porém, tem foco no mesmo público: profissionais que fazem uso da motocicleta para trabalhar no dia a dia. Eles são numerosos e movimentam grande cadeia de suprimentos por todo o País.

Pelo quarto ano consecutivo, a AM3 Feiras realiza em São Paulo o Moto Festival. Neste ano, o encontro ocorrerá de amanhã até domingo no Centro de Exposições Imigrantes. Os organizadores esperam público de 30 mil visitantes - no ano passado, cerca de 22 mil pessoas compareceram.

A organização do Moto Festival formatou o evento em três ações interligadas, porém distintas: implementação de nova postutura comportamental, feira e exposição, além de entretenimento.

O organizador Caíto de Alcantara Machado disse que a proposta é atender à necessidade latente do segmento profissional de duas rodas . "O público que irá ao Moto Festival não está interessado em glamour, ou seja, ver motos sofisticadas, como no Salão Duas Rodas", explica Machado. "O objetivo aqui é apresentar soluções que ajudem profissionais a desempenhar a sua atividade, que envolve pesada jornada diária."

Por isso, o evento também pretende ser o canal para aproximar e integrar trabalhadores do setor, associações, entidades patronais, sindicatos, órgãos regulamentadores e governos nas esferas municipal, federal e estadual, além de pesquisadores interessados neste nicho de mercado, revistas, jornais, emissoras de TV, motoclubes, amigos e familiares.

"Esse profissional ainda é desprezado", afirma Machado. "Só que 85% das motocicletas vendidas no País, que neste ano deverá voltar a 2 milhões de unidades, são para o trabalho", diz.

São as motos utilizadas por motoboys, motofretes, por profissionais de empresas de cobranças, Correios, bombeiros e policiais que movimentam o mercado de reposição de peças, pneus, lubrificantes, combustíeveis, entre outros produtos.

"Estima-se que o mercado de motofretistas movimente cerca de R$ 300 milhões por mês só na cidade de São Paulo", afirma o diretor executivo da Abraciclo, Moacyr Alberto Paes. "São aproximadamente 300 mil trabalhadores na Capital paulista, que percorrem diariamente cerca de 200 quilômetros."

A Abraciclo (Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares) é um dos patrocinadores do evento, que prevê a participação de pelo menos 50 expositores, entre fabricantes de motocicletas, capacetes, acessórios, motopeças, agentes financeiros, entre outros setores que movimentam o segmento de duas rodas.

De acordo com Alcantara Machado, novas marcas que atuam no mercado brasileiro, como a Garini, aproveitam a oportunidade para ampliar seus negócios. "É um canal direto com o público consumidor que pode estreitar o relacionamento."

Alcantara Machado explica por que, neste ano, o evento deixou de se chamar Salão do Motoboy. "O pessoal considera motoboy termo pejorativo. Ninguém gosta de ser visto como profissional irresponsável".




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