Setecidades Titulo Saúde
Região ganha centro para microcefalia

Especialistas de várias instituições, entre elas a FMABC, darão suporte gratuito a mães e crianças

Vanessa de Oliveira
Do Diário do Grande ABC
25/06/2016 | 07:00
Compartilhar notícia
Celso Luiz 18/12/15


Crianças com microcefalia, familiares e gestantes do Grande ABC passam a contar com iniciativa inédita na região. A FMABC (Faculdade de Medicina do ABC), junto ao Inesp (Instituto Neurológico de São Paulo), à SBNI (Sociedade Brasileira de Neurologia Infantil) e à FUABC (Fundação do ABC) criaram o Projeto Zika, que oferecerá atendimento gratuito a crianças com microcefalia, além de suporte psicológico às mães e às gestantes.

A ação terá o envolvimento de 14 voluntários nas áreas de neuropediatria, neurologia, clínica médica, psicologia, fisioterapia e terapia ocupacional.

“Somente a Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) informou que estaria atendendo as crianças, porém, não sei se as gestantes ou mães também são atendidas. Além da Unifesp (na Capital) desconheço outros atendimentos”, fala a professora de Endocrinologia da FMABC e neuroendocrinologista do Inesp Maria Angela Zaccarelli Marino. “O nosso projeto é amplo, assistencial, multidisciplinar, com atendimento diferenciado”, acrescenta.

O agendamento de consultas já está disponível pelo telefone 4116-9553, das 10h às 17h. A triagem ocorrerá no Inesp, localizado na Rua Maestro Cardim, 808, bairro Paraíso, na Capital. De acordo com o diagnóstico, o seguimento ambulatorial será dividido em consultas no próprio instituto e nos ambulatórios de especialidades da FMABC, em Santo André (Avenida Príncipe de Gales, 821).

Embora a iniciativa seja intitulada como Projeto Zika, o atendimento não será exclusivo a esses casos. “Nem todas as crianças com microcefalia terão positividade para zika, mas vamos cuidar delas”, explica Maria Angela. No Grande ABC, não há registro de microcefalia relacionada ao zika vírus.

A rubéola, a toxoplasmose e o citomegalovírus na gestante são os agentes mais conhecidos que podem ocasionar a microcefalia. “Sempre tiveram casos, mas as pessoas não comentavam tanto e tinha uma escassez de serviços que pudessem dar suporte. A gente viu uma oportunidade de entrar nesse atendimento e beneficiar essas crianças que precisam do acompanhamento”, comenta o professor de Neuropediatria da FMABC e presidente da SBNI, Rubens Wajnsztejn, um dos parceiros do projeto.  

 

Casos da doença são investigados em duas cidades do Grande ABC

No Grande ABC, duas cidades investigam casos de microcefalia para verificar se há relação com o zika vírus. Em Diadema, dois registros são investigados. Desde o início do ano, a única ocorrência de zika notificada foi importada.

Em Santo André, também há dois casos de microcefalia em investigação. De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, existem três notificações de gestantes residentes na cidade, com exantema (erupção cutânea generalizada), porém, ainda não foi concluído o resultado de exames.

São Caetano e Mauá informaram que nenhum caso de zika ou nascimentos recentes com microcefalia foram registrados. As demais cidades não retornaram.

BRASIL

 

No País, até 18 de junho, foram confirmados 1.616 casos de microcefalia e outras alterações do sistema nervoso, sugestivos de infecção congênita. Desse total, 233 tiveram confirmação por critério laboratorial específico para o zika vírus, transmitido pelo mosquito Aedes aegypti.




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;