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Sto. André promete mostrar nesta quinta-feira as contas do Acqua
Arthur Lopez
Do Diário do Grande ABC
27/10/2005 | 08:32
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A Prefeitura de Santo André prometeu para esta quinta-feira, às 9h, mostrar ao vereador Marcos Medeiros (PSDB) a prestação de contas do Instituto Acqua. O parlamentar, que acredita na possibilidade de haver irregularidades no convênio da ONG com a administração municipal, protocolou quarta-feira um ofício exigindo vistas imediatas das contas. Medeiros, que também pediu os nomes e cargos de todos os funcionários contratados pela entidade para trabalhar na Prefeitura, foi informado que esses dados já teriam sido solicitados pelo Executivo ao Acqua e que serão divulgados assim que estiverem disponíveis.

Segundo Medeiros, o pedido de vistas imediatas serve para acessar as prestações de contas do Acqua nos últimos cinco anos. "Antes que sejam maquiadas." O tucano obteve quarta-feira a garantia do chefe de gabinete da Prefeitura, Wander Bueno do Prado, de que as contas estariam disponíveis esta quinta-feira. "Dessa forma, não há motivo para temer uma manipulação", acredita o parlamentar.

Indicações – Outros vereadores – Luiz Zacarias (PL), Carlos Raposo (PV) e Jurandir Gallo (PT) – também pediram informações detalhadas sobre o convênio do Executivo com a ONG, além do Ministério Público e do Sindiprev (Sindicato dos Servidores Públicos). Desde a primeira semana deste mês, o Diário solicita à Prefeitura entrevista sobre a questão, até agora não concedida pela administração municipal.

Nos bastidores da Câmara, há comentários sobre possíveis irregularidades nas contratações de funcionários pelo Acqua, várias supostamente feitas por indicação política, principalmente da base aliada do Legislativo. A coordenadora do instituto, Ana Maria Marins, descarta essa hipótese e assegura que as contratações são feitas com base num banco de currículos, sem influência da Prefeitura ou de vereadores.

O Acqua fez o primeiro convênio com Santo André em 1999 para operacionalizar o programa de combate à dengue, contrato firmado também com Ribeirão Pires e Mauá. Em 2001, o convênio de Santo André foi estendido para outros serviços na área de saúde. A ONG atuou ainda em Rio Grande da Serra operando o PSF (Programa de Saúde da Família), mas o contrato foi encerrado pelo prefeito Adler Kiko Teixeira (PSDB), assim que assumiu a Prefeitura este ano. A suspeita de que havia menos equipes trabalhando em relação às contratadas foi levada ao Ministério Público de Ribeirão Pires (que atende Rio Grande), que investiga o caso.




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