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Apuração do caso Serginho segue a passos lentos na Justiça comum
Por Anderson Rodrigues
Do Diário do Grande ABC
27/10/2005 | 08:42
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O caso Serginho está longe de ser definido na Justiça Comum, segue a passos lentos. Enquanto o STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) afastou o presidente do São Caetano, Nairo Ferreira de Souza, de atividades esportivas por 720 dias e o médico do clube, Paulo Forte, por 1.440 dias, a briga no tribunal segue desde o dia 5 de fevereiro, quando o juiz Cassiano Ricardo Zorzi Rocha, do 5º Tribunal do Júri do Fórum Criminal da Barra Funda, aceitou a denúncia do promotor Rogério Leão Zagallo, que pede a condenação de ambos com a pena máxima de 30 anos prisão, em regime fechado e inafiançável, por homicídio doloso, com a intenção de matar.

O primeiro passo do juiz foi ouvir os réus do processo. Nairo e Forte compareceram ao Fórum no dia 5 de julho. No depoimento, o qual tinham a liberdade de falar ou não a verdade, ambos mantiveram a versão de que o médico do Incor, Edimar Bocchi, não alertou sobre o real perigo que Serginho sofria do coração.

Em seguida, o promotor e os réus apresentaram ao juiz uma lista com os nomes das testemunhas de acusação e defesa. Zagallo pretende levar 13 médicos, todos do Incor, Forte também deve superar a marca permitida (oito pessoas) e Nairo, a princípio, indicou oito. O juiz ainda deve dar uma resposta a Zagallo e Forte, já que a lei garante apenas oito testemunhas para cada lado.

As primeiras foram ouvidas nesse mês, dia 20. Duas testemunhas de acusação (Guilherme de Guimarães e Marcos Valério Coimbra de Rezende, médicos do Incor) compareceram ao Fórum. Um deles confirmou que avisou o médico do clube que Serginho tinha um problema grave no coração. Edimar Bocchi, médico responsável pelo diagnóstico e testemunha-chave do processo, alegou viagem e não compareceu.

No mesmo dia, o juiz marcou para 14 de fevereiro de 2006 o depoimento das demais testemunhas de acusação. Só depois disso é que as de defesa serão convocadas. O processo segue em segredo de Justiça e deve ter um desfecho provavelmente em 2007. Independentemente do vencedor, caberá recursos no próprio Tribunal e no STF (Superior Tribunal Federal), em Brasília.




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