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Acordo deve inviabilizar CPI contra Eletropaulo
Adriana Cardoso
Da Redaçao
28/04/1999 | 00:24
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O deputado estadual Joao Caramez (PSDB) disse na terça que o pedido de CPI (Comissao Parlamentar de Inquérito) para investigar denúncias de que a Eletropaulo Metropolitana estaria se negando a atender novos pedidos de instalaçao de iluminaçao pública deverá ser inviabilizado.

O motivo, segundo o tucano, sao as negociaçoes feitas entre a empresa, prefeituras e o Estado na quinta-feira da semana passada.  "Se a Eletropaulo melhorar a prestaçao dos seus serviços até a Mesa Diretora decidir o destino da CPI, nao vejo sentido em dar prosseguimento à investigaçao", disse Caramez, que é primeiro secretário da APM (Associaçao Paulista de Municípios).  

O pedido de CPI é de autoria do deputado estadual Marco Antonio Tortorello (PPS-Sao Caetano) e foi protocolado no mês passado na Assembléia.  Marquinho, ao contrário de Caramez, pretende dar prosseguimento à comissao independentemente do resultado das negociaçoes. "É claro que tem de haver a negociaçao para aliviar os municípios, mas a CPI deve continuar para investigar os serviços da empresa desde a privatizaçao (1998)."  

Após inúmeras discussoes com prefeituras e o governo do Estado, a Eletropaulo Metropolitana - que atende 24 municípios, incluindo os sete da regiao - resolveu voltar atrás, na quinta-feira passada, da decisao de retaliar cidades inadimplentes.  

Só no Grande ABC, a empresa estava se negando a atender 105 pedidos de iluminaçao pública. O atropelo nas negociaçoes iniciou-se, no fim do ano passado, porque a Eletropaulo estava querendo parcelar as dívidas municipais num prazo de até três anos. As prefeituras solicitavam um prazo de dez anos para poder quitar os débitos.   

Na negociaçao também ficou estabelecido que, além de rever o prazo de parcelamento das dívidas, a Eletropaulo concedeu carência de seis meses aos municípios no pagamento da iluminaçao pública. 

Ampliaçao - Além do pedido de CPI feito por Marquinho, outro tramita na Assembléia. O deputado Nabi Chedid (PSD) entrou com pedido, ainda nao protocolado, para estender a investigaçao às demais distribuidoras de energia do Estado.  

Assim, a CPI investigaria os serviços prestados pela Bandeirante de Energia (que abrange a regiao da Baixada Santista, Guarulhos, Vale do Paraíba, Sorocaba e Jundiaí); CPFL (Companhia Paulista de Força e Luz), que abrange Campinas e regiao; e Elektro (que atua no interior do Estado), entre outras distribuidoras menores.  

Caramez acredita, porém, que a Mesa Diretora da Assembléia só deverá deliberar sobre a CPI da energia elétrica após solucionar pedido para investigaçao da Telefônica.




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