Política Titulo Debate
Candidatos partem
para o ataque

Em debate a nove dias da eleição, principais
postulantes ao governo do Estado trocam farpas

Por Gustavo Pinchiaro
Do Diário do Grande ABC
27/09/2014 | 07:00
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Ricardo Trida/DGABC


A nove dias da eleição, candidatos ao governo do Estado partiram para o ataque em debate da Rede Record, ontem, na Capital. Favorito nas pesquisas eleitorais, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) foi o alvo principal de Alexandre Padilha (PT) e Paulo Skaf (PMDB) e também respondeu energicamente aos adversários.

Temas como taxa do Sesi, crise de abastecimento e subfinanciamento do SUS (Sistema Único de Saúde) estiveram em pauta dos protagonistas da eleição. Acusado de mentir à população por Skaf, Alckmin classificou o adversário do PMDB como ‘candidato da taxa’. Também criticado por Padilha, o tucano alfinetou o petista, lembrando que o ex-ministro da Saúde evitou questionamento direto quando surgiu a oportunidade.

Skaf e Alckmin tiveram embate logo no início do debate. O peemedebista colocou em pauta a cobrança de taxas a alunos do Sesi, contribuição criada por ele em sua gerência na Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo). O tema tem causado incômodo em sua campanha ao Palácio dos Bandeirantes. “O sr. tem me acusado de querer cobrar taxas em escolas públicas, Etecs (Escolas Técnicas Estaduais) e universidades. Sabe que a Constituição proíbe essa prática? O sr. quer enganar ou induzir a população ao erro?”, questionou Skaf.

Alckmin classificou o rival de o ‘candidato da taxa’ e citou que a cobrança no Sesi foi reajustada em 12% entre 2013 e 2014, percentual acima da inflação, medida em 6% – a diferença foi noticiada pelo Diário no domingo. O governador também resgatou casos de alunos que acionaram a Justiça para garantir acesso gratuito à entidade e disse que ele prometeu não cobrar mensalidade quando foi eleito presidente da Fiesp. “Nós investimos 30% do Orçamento estadual em Educação. Somos o único ente da federação que investe esse montante. Em São Paulo, a prioridade é Educação e gratuita”, destacou.

Padilha iniciou sua participação demonstrando que buscaria embate direto com Alckmin – estratégia foi definida por marqueteiros do ex-ministro antes do evento. Em perguntas recebidas de nanicos que estiveram no estúdio, o petista invariavelmente lembrava de Alckmin, apontando falhas na área da Saúde, Educação e abastecimento de água.

“O que o sr. (Walter Ciglioni, do PRTB) de um governador que tira dos pobres para privilegiar os ricos ao aprovar um projeto que reservava 25% dos leitos do SUS (Sistema Único de Saúde) para o setor privado?”, indagou o petista, emendando que o governo do PSDB reduziu 30% do número de atendimentos em hospitais da região metropolitana de São Paulo em cidades como Diadema, Osasco, Franco da Rocha e Guarulhos. “O governador vive no mundo da propaganda”, acusou.

Alckmin utilizou mesmo expediente para responder Padilha. Em questão feita por Gilberto Natalini (PV), usou um minuto de seu tempo para afirmar que o governo federal reduziu o financiamento do SUS, deixando ônus aos Estados e municípios. Disse, inclusive, que a prática foi feita na gestão de Padilha no Ministério da Saúde. “O Padilha tenta se vitimizar, mas foi ele quem subfinanciou o SUS quando foi ministro da Saúde, deixando de investir R$ 12 bilhões no sistema.”

Entretanto, quando teve a oportunidade, Padilha evitou confronto direto com Alckmin. No terceiro bloco, o ex-ministro poderia perguntar diretamente ao governador, porém, preferiu indagar Ciglioni. Quando a palavra foi aberta a Alckmin, o tucano relembrou o episódio. “Quero deixar registrado ao telespectador que houve candidato que não quis confronto de ideias.”

Entre os nanicos, Laércio Benko (PHS) novamente associou a imagem de Skaf à da presidente Dilma Rousseff (PT) e à do ex-presidente José Sarney (PMDB).




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