Cultura & Lazer Titulo
Desejos nada proibidos
Gabriela Germano
Da TV Press
20/01/2008 | 07:00
Compartilhar notícia


Antes de Desejo Proibido começar, muita gente achava que um padre apaixonado por uma mulher chocaria o público. De acordo com Murilo Rosa, que interpreta o religioso Miguel na novela, não foi isso que aconteceu. “A maioria das pessoas quer que ele abandone definitivamente a batina para ficar com a Laura”, diz. Nessa altura da trama, o padre já manifestou o desejo de desligar-se da igreja, mas ainda não conseguiu.

Enquanto se preparou para o papel, Murilo visitou um mosteiro no Paraná, onde ficou enclausurado por três dias. O contato com os monges do lugar fez o ator, que é de uma família católica, respeitar mais as pessoas que se dedicam à religião.

Ele critica aqueles que tentam pichar a instituição apoiando-se em episódios que classifica como isolados, entre eles, a Inquisição ou os escândalos com padres pedófilos.

Apesar de não fazer milagres com a audiência – Desejo Proibido tem média de 21 pontos no Ibope –, a novela de Walther Negrão é elogiada pela crítica. “A história é redondinha, as cenas são lindas, estou muito feliz”, exagera Murilo, que faz seu primeiro protagonista na emissora.

DEGRAU POR DEGRAU

Murilo Rosa não conheceu o sucesso logo de cara. O próprio ator brinca com sua estréia na TV. Foi em 1994, na novela 74.7 Uma Onda no Ar, da extinta TV Manchete. “Acho que só meus pais, minha tia e alguns amigos assistiam. Tinha um ou dois pontos de audiência”, recorda. Em seguida, veio Antonio Alves, Taxista, no SBT.

Já Xica da Silva, também da Manchete, teve um razoável sucesso. Murilo fazia o protagonista jovem da trama, Martim. “Foi aí que dei o meu grande passo. Meu trabalho subiu um degrau”, avalia. E a carreira não desandou mais. Ele ganhou outro papel importante em Mandacaru e logo foi chamado por Jayme Monjardim para entrar na segunda fase da minissérie Chiquinha Gonzaga, de 1999.

Desde que fez esse trabalho, nunca mais deixou a Globo, emissora com a qual tem contrato até 2011. “Sem falsa modéstia, tenho uma carreira muito bem construída”, enfatiza o ator que, um dia, estudou Educação Física em Brasília e sonhava em ser atleta.

SEM PARAR

Apesar da carga de trabalho atual ser pesada, o ator não reclama e nem encara o título de protagonista como um peso. “Estou feliz, entendo a força de meu personagem na trama, mas não encaro isso como um peso. Tenho mil outras coisas para fazer”, resume Murilo.

E tem mesmo. O ator também foca suas energias no cinema. Em março deste ano, estréia o filme Orquestra dos Meninos, protagonizado por ele.

O longa, dirigido por Paulo Thiago, conta a história do maestro pernambucano Mozart Vieira, que ensinava música clássica para crianças carentes. Com o fim da gravação das novelas, Murilo deve seguir para a Índia, onde filmará Tamarindo”, do indiano Indranil Chakravarty.



Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;