Política Titulo Romaria pela Região
Padilha ainda é desconhecido na região onde o PT nasceu

Munícipes e comerciantes de Rio Grande da Serra afirmam não saber quem é o candidato petista ao governo paulista

Gustavo Pinchiaro
Do Diário do Grande ABC
25/09/2014 | 07:00
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Denis Maciel/DGABC


A 11 dias da eleição, o candidato do PT ao governo do Estado, Alexandre Padilha, ainda é desconhecido em cidades do Grande ABC, região onde nasceu o PT, há 34 anos. Comerciantes de Rio Grande da Serra, onde o ex-ministro da Saúde iniciou ontem romaria eleitoral, disseram não saber quem era o petista que pedia votos em frente à estação da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) do município.

A grande concentração de militantes, empunhando bandeiras do PT para divulgar seus candidatos na Avenida José Belo, em Rio Grande da Serra, em frente à loja de Alex Júnior não bastou para informá-lo que Padilha disputa o Palácio dos Bandeirantes. “Estou por fora da política, não sei quem é candidato nem quem está aí. De vez em quando para um carro de som aqui na frente e atrapalha as vendas”, reclamou.

O discurso de Alex foi o mesmo adotado por munícipes e outros comerciantes da cidade que foram questionados pelo Diário sobre a candidatura petista. “Conheço o Claudinho da Geladeira (coordenador regional do PT), mas não sei quem é esse Padilha”, disse uma senhora que preferiu não se identificar.

“Com essa caminhada, acredito que ele vá crescer bastante e o povo vai associar a conquista da UPA (Unidade de Pronto Atendimento 24 Horas) que ele viabilizou para Rio Grande”, justificou Claudinho da Geladeira, que disputou o Paço local em 2012.

Padilha fez corpo a corpo pela via, tomou um café na padaria e fez discurso crítico ao governador Geraldo Alckmin (PSDB). O petista questionou falta de reforma na estação da CPTM e prometeu reformar e modernizar o ponto, caso seja eleito. Em seguida, pegou o trem para Ribeirão Pires, que fica a uma estação de Rio Grande da Serra. Embarcou já com tíquete na mão, sem passar pela bilheteria.

“Até hoje o povo está esperando o Expresso ABC, que todos prometeram e não fizeram. Vou fazer estação como as do Metrô, que o Alckmin faz para os bacanas de São Paulo”, discursou Padilha em carro de som estacionado na Avenida Santo André, em Ribeirão.

O terceiro compromisso do candidato do PT foi em Mauá, onde encontrou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), os prefeitos Donisete Braga (PT-Mauá) e Luiz Marinho (PT-São Bernardo), além de parlamentares da sigla. Com muito mais volume, a militância petista fez coro a Padilha e lotou a Praça 22 de Novembro para ouvir o discurso de Lula, que disse que “Mauá é a cidade mais petista da região” e lembrou que venceu todas as eleições que disputou no município. “Essa cidade não nega fogo.”

O Largo de Vila Luzita, em Santo André, foi o ponto final da atividade de Padilha na região e onde houve mais intensidade nos discursos. O prefeito andreense, Carlos Grana (PT), e a ministra do Planejamento e Orçamento, Miriam Belchior (PT), citaram o pleito de 2008, quando o PT perdeu o Paço. A sigla voltou ao comando do município em 2012. “Vocês já sabem o que aconteceu com Santo André quatro anos sem o PT. O ex-prefeito (Aidan Ravin, PSB) nem varrer rua varria. É médico e não fez nada pela Saúde. Não podemos deixar isso acontecer com o Brasil”, comparou Miriam.

Lula inflamou críticas a Alckmin, exaltou feitos de seu mandato e de Dilma e lembrou do prefeito de Santo André Celso Daniel, morto em 2002. “Era o prefeito perfeito, professor dos outros prefeitos. Se ele não tivesse morrido, teria sido o meu ministro do Planejamento.”




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