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Medo de renúncia afasta eleitor fiel, admite Serra
03/09/2012 | 00:44
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O candidato José Serra (PSDB) acusou ontem adversários de fazerem campanha nos ônibus de São Paulo para dizer a passageiros que o tucano deixará novamente a Prefeitura caso seja eleito. Ele afirmou não ter provas. "Mas que tem, tem", disse. O tucano ainda afirmou que seus eleitores tradicionais têm dito que não votarão nele porque creem que ele não cumprirá o mandato. Segundo Serra, o tema "se espalhou, inclusive nos bairros onde a gente sempre ganha".

"Tem muita gente que vota em mim que diz ?eu gosto de você, mas você vai sair novamente para presidente, então vou votar em outra pessoa. Se fosse para presidente, até votaria em você?", afirmou o candidato em um evento com a juventude tucana na zona sul de São Paulo. As mais recentes pesquisas de intenção de votos mostram que, em um mês, o tucano caiu da faixa dos 30% para a dos 20%.

Ataques. Sobre a suposta campanha nos coletivos paulistanos, o tucano declarou: "Tem adversários que têm capilaridade suficiente para jogar gente em ônibus para dizer ?o Serra vai largar, o Serra vai largar?".

Questionado sobre quem estaria por trás da campanha, Serra respondeu: "outros interessados. Não é apenas de uma candidatura não". O tucano, porém, frisou não ter provas do fato. "Como nós não tiramos fotografia e não gravou, não dá pra documentar. Não posso ir além de dizer que já ouvi isso. Mas que tem, tem".

O tucano pediu aos presentes que explicassem às pessoas com dúvidas sobre as intenções dele que desta vez cumprirá integralmente o mandato. "Quando decidi me candidatar a prefeito, essa foi a opção. Vou ganhar a prefeitura e governar durante todo o mandato", declarou. Serra, no entanto, não escondeu que ainda cogita outros voos. "Se eu for muito bem, depois do mandato, quem sabe o que a vida vai reservar? Mas esses quatro anos a gente vai levar direitinho".

O candidato sustentou que seu gesto de deixar a Prefeitura "de alguma forma foi aprovado", e justificou a afirmação dizendo que teve mais votos na capital quando concorreu ao governo do Estado em 2006 do que tivera na eleição de 2004. "Estou me permitindo dizer essas coisas porque estamos numa batalha eleitoral", justificou o candidato, que fez as declarações ao final da conversa com a juventude tucana sem que tivesse sido perguntado sobre o assunto.




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