David Luiz era um ilustre desconhecido no Brasil até a convocação feita pelo técnico Mano Menezes – a primeira dele no comando da Seleção – em julho de 2010. Com seu estilo carismático, cabelos inconfundíveis e atuações seguras, foi conquistando a confiança do torcedor e mostrou o que muita gente em Diadema já sabia. O zagueiro nasceu e deu os primeiros passos no futebol de várzea da cidade, antes de se mudar aos 14 anos para a Bahia e iniciar a carreira no Vitória.

Bastante assediado pelos jornalistas, principalmente por causa das declarações contundentes que costuma dar, David Luiz falou ao Diário sobre o tempo que só pensava em bater bola, soltar pipas e jogar capoeira. “Fico muito emocionado de lembrar o meu passado, de tudo que passei para chegar até aqui. Recordo com carinho das pessoas que se importaram comigo quando eu ainda não era nada. Fui e vou ser a mesma pessoa”, garante.

David Luiz sempre foi apaixonado por futebol e teve de ser persistente até achar seu espaço. Assim como Willian, que nasceu em Ribeirão Pires, foi matriculado aos 8 anos na escolinha de futebol do ex-jogador Marcelinho Carioca, mas ao contrário do colega de Seleção, que frequentava a unidade de Santo André, o zagueiro era da filial de Interlagos, bairro paulistano perto de Diadema. Ele havia sido dispensado do São Paulo antes de, aos 14 anos, fazer teste e encantar os avaliadores do Vitória, que lhe deram uma chance.

No time baiano, David Luiz, antes volante, passou a atuar como zagueiro. A alteração fez com que sua carreira deslanchasse e, em 2007, aos 20 anos, despertou interesse do Benfica, de Portugal. Ele foi emprestado e, na sequência, teve seus direitos federativos comprados. Ficou por lá até 2011, quando se transferiu para o Chelsea, onde se transformou em um dos melhores do mundo na posição. No início da Copa, ele foi contratado pelo Paris Saint-Germain por 55 milhões de euros (R$ 167 milhões), se tornando o zagueiro mais caro do mundo.

As dificuldades encontradas na carreira jamais tiraram a confiança do jogador. “Minha história de vida é baseada na superação, na determinação em ultrapassar os problemas. Isso me dá mais força para lutar e consciência de que vou enfrentar inúmeros obstáculos na minha vida, tanto no profissional como no pessoal, mas toda dificuldade só é colocada para quem pode superá-la. Sempre acredito que posso e vou atrás”, finalizou o zagueiro.

Vidal deve reforçar o Chile no sábado

Os chilenos vão ganhar ajuda importante para o confronto contra o Brasil, sábado, às 13h, em Belo Horizonte, pelas oitavas de final da Copa do Mundo. O volante Arturo Vidal, que não participou da derrota (2 a 0) para a Holanda na última partida da primeira fase, treinou normalmente ontem, na Toca da Raposa II, na capital mineira, e não será problema.

O volante da Juventus, Itália, foi submetido a cirurgia no joelho direito no início de maio, o que ameaçou sua participação na Copa. Mas Vidal conseguiu estar nos dois primeiros jogos e só foi poupado pelo técnico Jorge Sampaoli contra a Holanda.

O treino de ontem pela manhã foi o único realizado pelos chilenos. Por enquanto, os coordenadores da equipe não divulgaram a programação para o restante da semana.

ALTO RISCO

O duelo entre Brasil e Chile é considerado pela Fifa como de alto risco, principalmente após a invasão de 200 chilenos ao Centro de Mídia do Rio de Janeiro no jogo contra a Espanha. Reunião hoje, em Belo Horizonte, vai definir o esquema de segurança para a partida, que deve ter o reforço da Polícia Militar dentro do Mineirão, algo que a Fifa era contra.