Alvo de questionamentos após bancar até o fim a CPI da Saúde na Câmara de Diadema, o vereador Ricardo Yoshio (PRB) não arranhou sua imagem com o chefe do Executivo, Lauro Michels.

“Ele entendeu o nosso esforço para melhorar a Saúde na cidade”, disse o prefeito, relatando a reunião que teve com o republicano no fim de fevereiro para convencê-lo a retirar o pedido de averiguação.

Yoshio levou a ação adiante, mas admitiu que após o encontro com Lauro e o secretário de Saúde, José Augusto da Silva Ramos (PSDB), teve 80% das dúvidas sobre o setor respondidas. Desse modo, se a CPI vingasse, seria branda, sem questionamentos contundentes à administração municipal.

Ano passado, ele apresentou o requerimento pedindo a apuração, mas retirou após pressão do governo. Incomodado com críticas que recebeu de Lauro, Yoshio reapresentou a ação dois dias depois, conseguindo as sete assinaturas necessárias para iniciar o procedimento.
Integrante da bancada de sustentação do chefe do Executivo na Câmara, o republicano alegou que prosseguiu com a ação para colaborar com a Prefeitura a resolver os gargalos na Saúde.

Diadema sofre com a saída constante de médicos. Para sanar o quadro, o Paço solicitou 45 profissionais na terceira fase do programa Mais Médicos do governo federal. O ministro da Saúde, Arthur Chioro, assegurou encaminhar cinco clínicos a Diadema, mas a Prefeitura ainda não foi notificada.

Pré-candidato a deputado estadual, Yoshio procura manter boa relação com o governo Lauro para assegurar apoio ao seu projeto político. Ele se ofereceu para conversar com alguns médicos que deixaram a Prefeitura, para discutir a possibilidade de eles voltarem a trabalhar na rede municipal.

Agora, Yoshio articula reunião entre representantes de funcionários do Hospital Municipal e do Paço para discutirem que melhorias podem ser aplicadas no setor. A previsão é de que a plenária seja realizada na próxima semana.