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Internação por Covid na região tem o menor registro desde maio de 2020

Há 475 pessoas acamadas no Grande ABC para tratar doença; menor marca era 593, dia 4 de outubro

Anderson Fattori
21/08/2021 | 05:22
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Claudinei Plaza/DGABC


O Grande ABC tem o menor número de pacientes infectados pelo coronavírus internados em hospitais públicos desde 19 de maio de 2020, quando começou o monitoramento da SP Covid Info Tracker, plataforma gerida por pesquisadores da Unesp (Universidade Estadual Paulista), da USP (Universidade de São Paulo) e do Cemeai (Centro de Ciências Matemáticas Aplicadas à Indústria) que leva em consideração dados da pandemia disponibilizados pelo governo do Estado por meio da Fundação Seade. Ontem, 475 pessoas estavam acamadas em leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) ou enfermarias, contra 593 de 4 de outubro, que era a menor marca até então.

A redução foi puxada pela baixa na ocupação das enfermarias. Ontem eram 234 pessoas neste tipo de leito, 27,7% a menos do que a menor marca desde o início do monitoramento, que era de 324, computada no dia 14 de outubro. Já no recorte levando com consideração apenas a UTI, eram 241 doentes internados ontem e o menor número neste tipo de leito havia sido registrado em 4 de outubro, com 260.

A situação atual é bem diferente da observada no pico das internações, registrado em março, quando as redes de saúde de seis das sete cidades do Grande ABC entraram em colapso – a exceção foi Santo André –, o que ocasionou a morte de 134 pessoas que estavam na fila à espera de leitos de internação. O dia com o maior número de pessoas acamadas na região foi 26 de março, quando havia 2.920 pacientes hospitalizados, sendo 1.245 em UTIs, 1.675 em enfermarias – veja a evolução das internações na arte ao lado.

“É uma relação inversamente proporcional, quanto mais vacinas aplicamos, menos internados temos e muito menos casos graves. Em julho, 82% das internações em Santo André eram de pessoas que ainda não tinham tomado a vacina. Ou seja, se tivéssemos com 100% da população protegida, teríamos 18% da ocupação que temos hoje. Se temos 150 pessoas internadas, podíamos ter 30 ou 20 acamados para uma cidade de 750 mil habitantes. Ai a Covid passa a ser uma doença comum, como tantas outras. É nesse ponto que queremos chegar”, comentou o prefeito de Santo André e presidente do Consórcio Intermunicipal do Grande ABC, Paulo Serra (PSDB). “Vejo com muito otimismo a confirmação de que a vacina protege, reduz a mortalidade e evita internação. E isso não são só resultados de estudos internacionais, mas é a nossa prática nos hospitais municipais”, acrescentou o tucano.

A baixa nas internações já mudou o cenário nas cidades do Grande ABC. Em Santo André, a Prefeitura fechou no dia 30 de julho o hospital de campanha montado no ginásio da UFABC (Universidade Federal do ABC) porque a outra estrutura provisória, erguida no Complexo Esportivo Pedro Dell’Antonia está dando conta de atender à demanda. Em Ribeirão Pires, a administração também não está mais utilizando desde 7 de agosto o hospital de campanha montado no Ginásio Ozíris Grecco. Segundo o prefeito Clóvis Volpi (PL), a estrutura segue montada pelo menos até o fim de setembro para caso haja necessidade. Os atendimentos de Covid estão sendo direcionados para a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Santa Luzia. 




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