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Grande ABC mais do que dobra altas médicas em 15 dias

Índice da região representa 12,7% dos recuperados de todo o Estado; Santo André lidera ranking, com 1.001 pacientes liberados

Dérek Bittencourt
Do Diário do Grande ABC
30/05/2020 | 00:01
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Nario Barbosa/DGABC


O Grande ABC vem apresentando crescente índice de pacientes recuperados da Covid-19. Somente nos últimos 14 dias (entre 16 de maio e ontem), a região mais do que dobrou o número de suspeitos ou infectados pelo novo coronavírus que receberam alta, passando de 1.115 naquela data para 2.506 segundo os boletins epidemiológicos enviados pelas sete prefeituras. O número corresponde a 12,7% dos 19.665 que estão livres da doença em todo o Estado.

Um dos motivos para esta evolução é a melhoria no atendimento e tratamento aos infectados pelo vírus. O Grande ABC montou pelo menos cinco hospitais de campanha (um em São Caetano, um em Mauá, um em Ribeirão Pires e dois em Santo André, que já tem uma terceira estrutura pronta) e adaptou mais dois centros médicos (em São Bernardo, casos do Anchieta e o de Urgências) que estão trabalhando exclusivamente no combate à doença.

Santo André, que é a cidade com o maior número de casos confirmados (2.475 – leia mais abaixo), é também o município com mais pacientes recuperados: 1.001 (tanto na rede pública quanto na privada).

De acordo com o secretário municipal de Saúde, Márcio Chaves, o índice se deve a esforço coletivo. “Demonstra a opção correta de estruturar os hospitais de campanha e o atendimento específico de Covid, além de toda a infraestrutura que montamos: raio X, tomografia e leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) que coloca o paciente de forma precoce, desde agravamento do quadro. Isso tudo tem nos garantido essas recuperações”, ressalta o secretário.

Chaves explica que Santo André está oferecendo os leitos de acordo com a demanda. “Colocamos em operação o primeiro hospital de campanha dia 17 de abril. Então temos acúmulo de atendimentos há mais de 45 dias. E estamos, inclusive, com mais 100 leitos prontos, sendo 90 de enfermaria e dez de UTI para colocar em ação, caso necessário, na UFABC (Universidade Federal do ABC). São ainda 42 leitos para Covid no CHM (Centro Hospitalar Municipal)”, complementou o secretário.
A estrutura montada na UFABC será colocada em ação quando a taxa de ocupação do hospital de campanha montado no Estádio Bruno Daniel alcançar entre 50% e 60% dos leitos utilizados, diferentemente do índice do Complexo Esportivo Pedro Dell’Antonia, que por ter maior oferta de acomodações, tinha indicação de uso de 70% antes da liberação do estádio. Segundo Chaves, estrategicamente existe explicação para não se trabalhar com a capacidade total do local. “Precisamos ter sempre margem para manobrar pacientes em pré-alta, aquele que entra e não está confirmado”, justificou.

São Caetano aparece no segundo lugar do ranking de recuperados, com 680 pacientes que receberam alta. Em São Bernardo foram 375; em Diadema, 186; em Mauá, 150; em Ribeirão Pires, 66; e, em Rio Grande da Serra são 55 liberações. 




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