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O STJ (Superior Tribunal de Justiça) condenou a Igreja Universal do Reino de Deus a pagar indenização a uma mulher que sofreu lesão permanente no punho durante uma sessão de exorcismo. Por conta da lesão, a vítima ficou incapacitada de trabalhar aos 48 anos. Pela decisão, ela terá de ser indenizada até completar 65 anos.
M. D. S. entrou com ação contra a Igreja Universal relatando que, durante um culto, foi reputada como "possuída pelo demônio" pelo pastor João Carlos Von Helde Alves. Na sessão de exorcismo, ele utilizou-se de movimentos bruscos que acabaram derrubando a fiel e, na queda, ela fraturou o punho esquerdo.
Mesmo machucada, M. continuou a ser "exorcizada" porque Von Helde Alves alegava que as dores eram conseqüência da permanência do demônio em seu corpo. Ele, então, bateu por sucessivas vezes a mão dela contra a cruz do altar, o que agravou a lesão.
Por conta do traumatismo, a vítima afirma ter sido forçada a interromper suas atividades como doceira, o que lhe acarretou danos materiais.
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