A palavra naïf é termo francês para o que é ingênuo. Na arte, se denomina naïf toda obra que demonstra criatividade autêntica baseada na simplificação de elementos decorativos. Tal simplicidade é a proposta de Poéticas do Cotidiano. Aexposição entra em cartaz amanhã na Pinacoteca de São Caetano e, a partir das 10h, tem apresentação do grupo de maracatu Cia. Porto de Luanda. “Sempre trazemos exposições que dialogam com o dia a dia e que proponham temas próximos ao público”, explica a curadora, Nair Duarte.

Fabiane Cavalcante também assina a curadoria da mostra, que conta com 53 peças – entre pinturas, xilogravuras e esculturas – retratando manifestações populares, lutas, injustiças e revindicações sociais. “Tem uma das peças que é inspirada em Os Retirantes (1944), de Candido Portinari”, diz Nair. O projeto é da Fundação Pró-Memória em parceria com o MAP (Museu de Arte Popular) de Diadema, que cedeu o acervo para ser admirado. “Esse intercâmbio é importante. A maioria das pessoas não conhece os espaços culturais das cidades.”

A LEVEZA DA AQUARELA
Amanhã também estreia na pinacoteca The Water That Crosses The Oceans (A Água Que Atravessa os Oceanos), com curadoria de Lilian Arbex. O projeto celebra 30 anos da ABA (Associação Brasileira de Aquarela e da Arte sobre Papel) e dois anos da IWS (International Watercolor Society – Brazil). São 80 obras em aquarela de artistas do Brasil, Itália, Índia e Emirados Árabes.

Poéticas do Cotidiano e The Water That Crosses The Oceans – Exposições. Na Pinacoteca de São Caetano – Avenida Dr. Augusto de Toledo, 255. De segunda a sexta, das 9h às 17h; aos sábados, das 9h às 13h. Mais informações no 4223-4780. Grátis.