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Executivos da Xstrata deixam País sem acordo
17/03/2008 | 07:07
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Nem a vinda ao Brasil dos presidentes da Glencore, Ivan Glasenberg, e da Xstrata, Mick Davis, facilitou as negociações da Vale para a compra da mineradora anglo-suíça. Depois de longas reuniões, os executivos das três companhias não conseguiram aparar todas as arestas.

Com isso, Glasenberg e Davis deixaram o país sem levar na bagagem nenhum acordo fechado. Mas, segundo fontes, as negociações continuam e a Glencore já se mostra um pouco menos “gulosa” em suas reivindicações.

Durante toda a semana, o mercado financeiro especulou sobre o desfecho da maior oferta de compra já feita por uma empresa brasileira. O negócio, estimado entre US$ 80 bilhões e US$ 90 bilhões, levaria a Vale para a liderança do ranking mundial das mineradoras, ultrapassando a gigante BHP Billiton.

Os rumores de que a mineradora brasileira e a Glencore, principal acionista da Xstrata, teriam chegado a um acordo fizeram as ações ordinárias da Vale subirem mais de 2% na última sexta-feira (14), na contramão do índice da Bolsa de Valores de São Paulo, Ibovespa, que amargou perda de 0,46%.

Segundo fontes, os entraves da compra não se limitam ao preço. A Glencore estaria lutando para conseguir obter na operação um aval da Vale para comandar a comercialização de parte de seus produtos. A proposta é vista com reservas pela diretoria da empresa brasileira, que reluta, principalmente,em abrir mão dos direitos de negociar o preço dos contratos de minério de ferro.

Este mês, o presidente da Vale Roger Agnelli quebrou pela primeira vez o silêncio e falou sobre as dificuldades que rondam a operação. Na época, o executivo foi enfático ao descartar qualquer possibilidade da empresa transferir para um intermediário, no caso a Glencore, a comercialização do minério de ferro, sua principal fonte de receita.



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