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Futebol dá adeus a Johan Cruyff, o maior ídolo do futebol holandês

Aos 68 anos, ex-jogador que revolucionou o
esporte perde batalha contra câncer no pulmão

Anderson Fattori
Do Diário do Grande ABC
25/03/2016 | 07:00
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Marty Lederhandler/Estadão Conteúdo


O futebol mundial perdeu ontem representante de uma geração que modificou para sempre o esporte. Johan Cruyff, principal nome da inesquecível seleção da Holanda, vice-campeã da Copa do Mundo de 1974, morreu aos 68 anos, após travar seis meses de intensa luta contra um câncer no pulmão. Além da Laranja Mecânica, ele marcou seu nome da história do Barcelona e do Ajax.

O câncer de Cruyff pode ter sido causado pelo cigarro, já que ele era fumante até precisar passar por cirurgia emergencial de ponte de safena em 1991, quando era técnico do Barcelona. De lá para cá, inclusive chegou a participar de campanhas contra o tabagismo.

Cruyff surpreendeu o mundo ainda nas categorias de base do Ajax, na década de 60, onde ficou conhecido por não guardar posição fixa. Revolucionário, tático, coletivo e eficiente, ocupava os espaços do meio para frente, tornando-se em pouco tempo o maior jogador holandês de todos os tempos.

Pelo Ajax, Cruyff se sagrou tricampeão da Liga dos Campeões, além de ter conquistado oito vezes o Campeonato Holandês. Negociado com o Barcelona em 1973, faturou o Espanhol de 1973/1974 e a Copa do Rei de 1977/1978. Atuou ainda no futebol dos Estados Unidos, no Levante, da Espanha, e voltou à Holanda para nova passagem pelo Ajax antes de encerrar a carreira no Feyenoord, em 1984.

Seguramente o maior trabalho de Cruyff foi na seleção holandesa de 1974. Ao lado de Rinus Michels, que morreu em 2005, ele inventou o chamado futebol total, onde os jogadores de linha tinham muita liberdade para atuar em todos os setores do campo, formando uma espécie de carrossel, confundindo a marcação dos adversários. Tanto que a Laranja Mecânica só foi parada pela Alemanha, na final da Copa do Mundo.

Cruyff também fez carreira como técnico. Comandou o Ajax, o Barcelona e a seleção da Catalunha, tendo levado o time espanhol ao seu primeiro título da Liga dos Campeões, em 1991/1992. Estava afastado de qualquer função no futebol desde que deixou o cargo de consultor do Chivas Guadalajara em 2012.




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