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Problemão para o PT de Santo André
Beto Silva
04/03/2016 | 07:00
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O PT de Santo André terá uma discussão acirrada nos próximos dias. De um lado estarão apoiadores do prefeito Carlos Grana (PT), que defenderão coligação com o PSD na chapa proporcional que disputará vagas no Legislativo. Do outro, parte da bancada de vereadores que está incomodada com a possibilidade. Hoje são cinco vereadores petistas (Luiz Alberto, Bete Siraque, Montorinho, Eduardo Leite e Alemão Duarte). O partido esteve com o PPL (lançou apenas um candidato) em 2012, angariou 73 mil votos e conquistou cinco cadeiras. Caso efetive a parceria com os pessedistas e repita a votação (o que seria um bom desempenho), devem perder uma vaga, já que a aposta do PSD é o experiente parlamentar José de Araújo. Ou seja, repetir o feito de quatro anos atrás já será difícil pelo momento ruim pelo qual passa o Partido dos Trabalhadores em âmbito nacional, envolvido em polêmicas e escândalos. Coligado, então, aumenta a probabilidade de perder um vereador para a legislatura 2017-2020. O debate promete ser acalorado. No epicentro da discussão estará Araújo. O vereador causou problemas no PMDB, saiu e filiou-se no PSD. Agora, gera confusão no PT. Mas trata-se de parlamentar experiente, com sete mandatos. Foi vice-prefeito (1993 a 1996) e secretário de Transportes. Um grande incômodo, uma pedra no sapato para um já atabalhoado PT.

Bastidores

Difícil
O prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho (PT), disse que anunciaria na semana passada o novo presidente da Fundação Criança, após saída conturbada do antigo comandante Mauricio Soares (sem partido). Anunciou. Mas uma interina: Márcia Barral, que acumula o comando da Secretaria de Desenvolvimento Social. Marinho tem tido dificuldade para encontrar um nome efetivo. Márcia é ligada ao ex-deputado federal José Genoino (PT), condenado no escândalo do Mensalão. Com a saída de Mauricio Soares da entidade, também foi exonerado o diretor administrativo Samuel Gomes Pinto. Mas no site da fundação os nomes dos dois então aliados ainda constam na estrutura organizacional.

Amigos hoje; inimigos amanhã
Luiz Marinho (PT) enchia Mauricio Soares (sem partido) de elogios enquanto o ex-prefeito de São Bernardo estava no PT. Com a saída da legenda, sofreu críticas. Delcídio do Amaral (PT) foi líder do governo Dilma Rousseff (PT) no Senado Federal. Foi preso por atrapalhar as investigações da Operação Lava Jato. Segundo a revista Isto É, fez delação premiada e acusou Dilma e Lula de ilicitudes. Ao ser empossado na AGU (Advocacia-Geral da União), José Eduardo Cardozo (PT) disse que Delcídio não tem credibilidade. E assim caminha a política petista.

Rumo ao PMB
Vereador de Rio Grande da Serra, Cleson Alves de Sousa pediu desfiliação do PT para ingressar no PMB, o Partido da Mulher Brasileira. O parlamentar estava sem espaço no petismo para ser candidato a prefeito – o partido terá Claudinho da Geladeira na cabeça da chapa.

No apagar das luzes
Ontem, por volta das 19h, o vereador de São Bernardo Rafael Demarchi (PSD) esteve na Câmara de Diadema para falar com Vaguinho do Conselho (PRB), pré-candidato a prefeito. O encontro ocorreu já no apagar das luzes do Legislativo, já que as atividades parlamentares já haviam sido encerradas. Rafael pode apoiar a candidatura de Alex Manente (PPS) ao Paço são-bernardense. O popular-socialista teve apoio de Vaguinho na eleição de 2014, quando conquistou cadeira na Câmara Federal. O vereador diademense está no PRB, que em São Bernardo é comandado pelo irmão de Alex, André Manente. Deve ter saído um caldo eleitoral da conversa. 




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