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Azulão tenta levar Juventus na lábia

Técnico Luís Carlos Martins abriu mão de treino para conversar com atletas sobre importância do duelo na Capital

Felipe Simões
02/03/2016 | 07:00
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Nario Barbosa/DGABC


Mais do que acertar posicionamento tático em campo ou aprimorar algum fundamento técnico, o São Caetano teve preparação diferente para encarar o Juventus, às 15h, no Estádio Conde Rodolfo Crespi, a Rua Javari, em duelo válido pela décima rodada da Série A-2. O Azulão tentará levar o Moleque Travesso na conversa para se manter nas primeiras posições.

Ontem, uma atividade estava programada para o gramado do Anacleto Campanella. Porém, o técnico Luís Carlos Martins resolveu cancelar a atividade por conta do campo encharcado pela chuva, esticou a resenha com os atletas – cerca de uma hora e 20 minutos de conversa – e aplicou, com auxílio dos preparadores, rápido trabalho físico dentro dos vestiários do clube.

“Falei para eles na palestra que não tem jogo fácil. A tabela traz a teoria, mas o futebol é prática. Conversamos sobre a importância da competição, de nos manter entre os oito primeiros, e, de preferência, entre os quatro. Passo para os jogadores que, quando entram em campo, nós da comissão técnica, da crônica (esportiva) e os torcedores estamos nos pés deles. Nosso time trabalhou tudo e vem lutando, fazendo seu papel, tanto que é uma das equipes menos vazadas e um dos ataques mais positivos”, afirmou o treinador.

Sobre o fato de não ter trabalhado nenhum aspecto tático ou técnico ontem, Martins destacou que o campo pesado poderia causar alguma lesão nos jogadores, que estão desgastados fisicamente.

“Quando está chovendo, o campo é perigoso e desgastante. Ontem (segunda-feira), tivemos um treino muito bom. Hoje (ontem), estava chuvoso e poderia machucar alguns atletas. É véspera de jogo. Fizemos condicionamento aqui mesmo, não tem problema nenhum”, justificou o Rei do Acesso.


Sandoval e Neto são liberados por tribunal


O São Caetano teve duas boas notícias ontem ao saber do resultado dos julgamentos do zagueiro Sandoval e do volante Neto no TJD (Tribunal de Justiça Desportiva) da FPF (Federação Paulista de Futebol). Ambos pegaram apenas um jogo de suspensão, já cumpridos, e estão liberados para o duelo ante o Juventus. O advogado João Zanforlin representou o Azulão nos dois casos.

“Os dois são importantes e têm ritmo de jogo. Não gosto de mexer quando o time vem bem. É importante dar continuidade à base que vem atuando”, avaliou o técnico Luís Carlos Martins.

O caso de Neto era o mais simples. Denunciado no artigo 250 do CBJD (Código Brasileiro de Justiça Desportiva) por ato hostil, o volante poderia pegar até três partidas de gancho. Já Sandoval corria mais riscos, já que fora enquadrado no artigo 258 por ter reclamado acintosamente da arbitragem no jogo contra o Paulista, podendo pegar até seis partidas de suspensão. Na súmula, o árbitro Márcio Roberto Soares registrou que o defensor disse palavrões e que o juiz prejudicou o Azulão na ocasião.

“Eu não pensava em pegar só esse jogo que já cumpri. Reconheci que errei batendo boca com o juiz. Depois passei na sala dele (árbitro) e falei que havia faltado com respeito com ele. Isso contou muito”, afirmou Sandoval.

Com isso, o São Caetano só tem a ausência do lateral-direito Grafite, em tratamento de estiramento no músculo posterior da coxa direita. A tendência é que Léo Pereira seja mantido na posição. Na esquerda, Bruno Recife deve retornar após ser poupado contra o Marília.


Moleque Travesso tenta reabilitação após quatro jogos sem vitória


O retrospecto recente do Juventus não anima o São Caetano. Há quatro jogos sem vencer – duas derrotas e dois empates –, o Moleque Travesso tentará aprontar para cima do Azulão em busca de reabilitação. Por isso, o zagueiro Sandoval pediu concentração da equipe com todos os atletas. O atacante Gil, ex- Corinthians e principal nome do adversário, não foi confirmado por causa de divergências com a diretoria.

“Vai sair vencedor aquele que errar menos. E nosso time está sabendo jogar fora de casa. Agora não vai ser diferente. Temos de ser inteligentes e respeitá-los. Sabemos que não vêm de resultados bons, mas cada jogo tem sua história e precisamos manter nossa concentração durante os 90 minutos”, disse o defensor.  




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