Economia Titulo
Argentina importa mais peças que Estados Unidos
Por Marcelo de Paula
Do Diário do Grande ABC
16/03/2008 | 07:19
Compartilhar notícia


A Argentina comprou o equivalente a US$ 178,8 milhões em peças automotivas fabricadas no Brasil em janeiro. Com isso, garantiu a liderança no ranking dos 20 maiores importadores à frente dos Estados Unidos, país que deixou para as autopeças nacionais US$ 148,5 milhões no mesmo período. Os dados são do Sindipeças, entidade que representa a indústria do setor.

Os valores mostram crescimento de 79,76% nas exportações para o país portenho e de 9,35% para o mercado norte-americano, que aliás, fechou 2007 comprando 22,85% menos que no ano anterior.

A histórica liderança norte-americana no ranking foi perdida para o país do Mercosul justamente no ano passado, quando a Argentina importou US$ 2,1 bilhões contra US$ 1,9 bilhão dos Estados Unidos.

Os dados fornecidos pelo Sindipeças apontam que, só em janeiro, o setor como um todo exportou o equivalente a US$ 663 milhões para seus 20 maiores clientes e US$ 729,6 milhões considerando a totalidade de países compradores das autopeças nacionais. O crescimento, em relação ao mesmo mês de 2007, foi de 30,9%.

Importações - O índice de aumento das exportações pode e deve ser comemorado, mas com ressalvas, já que as importações no mesmo período, apresentaram crescimento de 51,66%.

Em janeiro, o Brasil comprou ao todo US$ 950,4 milhões em peças automotivas do Exterior. O maior fornecedor foi a Alemanha, que nos vendeu US$ 179,6 milhões em mercadorias, valor 58,32% superior ao que foi registrado em igual período do ano anterior.

Segundo o presidente do Sindipeças, Paulo Butori, as exportações brasileiras como um todo tendem a ficar mais fracas atualmente, em função da acentuada valorização do real frente ao dólar.

“Os principais clientes das autopeças brasileiras em outros países são as montadoras. Participamos de projetos e nos comprometemos com o fornecimento por tempo rigorosamente determinado nos contratos”, conta o presidente da entidade.

“Romper negócios externos é decretar o desaparecimento naquele mercado. O jeito, então, é seguir entregando produtos negociados quando as condições comerciais eram melhores. Mas e os novos negócios? Certamente diminuirão”, completou o dirigente.



Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;