Após ser derrotado na disputa pelo governo de São Paulo, o PT encerrou a eleição deste ano com redução na bancada de deputados estaduais. Em 2010, o partido elegeu 24 parlamentares para a Assembleia Legislativa, mas no pleito deste ano a legenda emplacou apenas 14 representantes – o maior decréscimo entre todas as siglas.

Pela primeira vez desde 2002, o partido não polarizou a eleição para o Palácio dos Bandeirantes. O candidato da legenda, o ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha (PT), terminou o pleito em terceiro colocado, com 18,22% dos votos válidos (3.888.584 adesões).

A última vez em que o partido não esteve entre os dois principais postulantes ao governo paulista foi há 16 anos. quando a então candidata Marta Suplicy (PT) ficou de fora da acirrada disputa entre Paulo Maluf (PP) e Mário Covas (PSDB) – concorrência vencida pelo tucano no segundo turno.

A tentativa de deputados estaduais do PT em alçar voos mais altos contribuiu para a redução da bancada no Parlamento paulista. Nomes como Adriano Diogo, Luiz Cláudio Marcolino e Ana Perugini deixaram de buscar reeleição na Assembleia para tentar cadeira na Câmara dos Deputados – apenas Ana foi eleita.

O PSDB perdeu apenas um deputado: Bruno Covas, que também concorreu, com êxito, por vaga em Brasília. Em contrapartida, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) ampliou sua bancada de sustentação na Assembleia. Juntos, os partidos que integraram o arco de alianças da candidatura do tucano elegeram seis deputados a mais do que em 2010. “Esse resultado é o reflexo do que deverá ser a eleição de 2016. Foi uma resposta da população de que não aprova os governos municipais do PT”, analisou o coordenador do PSDB no Grande ABC, Márcio Canuto.