Amigo e subordinado de Vanderlei Luxemburgo, mas também com estreita relação com a cúpula da Mancha Alviverde, Marcos preferiu não tomar partido na rixa entre o técnico do Palmeiras e a torcida organizada. "É uma saia justa. Fica complicado falar nessa situação", disse o goleiro. "Só acho que, acima de treinador e torcedor, está o Palmeiras e o mais importante agora é unirmos forças para conseguir a vaga na Libertadores."

Marcos não esconde de ninguém que contribui financeiramente com a Mancha. Diz até que ajuda a organizar churrascos para a organizada. No site da torcida, ele é venerado. Mas é também chamado de "homem de confiança" por Luxemburgo e sabe que, como capitão da equipe, jamais poderia trair a confiança do treinador.

O desentendimento que tiveram há duas semanas, quando Luxa criticou a postura do goleiro por ter se arriscado no ataque contra o Grêmio, já foi superado, segundo Marcos. "Não tenho nada contra o Vanderlei, nunca tive", disse o goleiro.

A presença de Marcos na sala de imprensa, aliás, foi um pedido de Luxemburgo. O técnico queria que o goleiro, como capitão da equipe, viesse a público pedir o apoio dos torcedores na partida contra o Ipatinga, amanhã, no Palestra - só 5.000 ingressos tinham sido vendidos até ontem à noite.

"Não sei se tem a ver com postura de capitão, mas a minha experiência ajuda na hora de passar tranqüilidade não só para os jogadores, mas também para os torcedores num momento como este", concluiu.