Samuel Adiron Ribeiro, 14 anos, é fã de música clássica. Por influência do pai, gosta de Bach e Beethoven, mas não foge à regra quando se trata de bandas atuais. Ele adora One Direction e Green Day. Inclusive, sonha em ser guitarrista. "Primeiro, vou aprender violão."

Como todo adolescente, não tem certeza quanto à profissão, mas aposta na carreira de piloto, pois é fã de Felipe Massa. "Estou quase no Ensino Médio e logo vou ter de arranjar emprego, mudar de casa e namorar", planeja. E o que não falta a Samuel são possibilidades e amigos. Gabriel Oliveira, 13, estuda com ele desde o maternal. "Trocamos figurinha e falamos sobre futebol. Até tentei convencê-lo a ser corintiano", diz o garoto, que gosta de ser amigo de Samuel. "Conversamos normalmente, ele é legal."

O maior incentivador do garoto é o pai, Fábio Adiron, que ergueu a bandeira da inclusão quando seu filho nasceu. "A grande dificuldade é a aceitação na sociedade, pois o preconceito existe." Para ele, a melhor opção para o desenvolvimento de quem tem síndrome de Down é deixá-la junto às pessoas comuns. Por isso, Samuel estuda em colégio regular desde os três anos e não tem amigos em sua turma com a síndrome.