Política Titulo A comissionados
Para Zé Antônio, reajuste salarial é incoerente
Por Gustavo Pinchiaro
Do Diário do Grande ABC
15/02/2013 | 07:00
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O líder da bancada petista na Câmara de Diadema, José Antônio da Silva, classificou o primeiro projeto de lei do prefeito Lauro Michels (PV) para reajustar em até 60% os vencimentos de servidores concursados que são alçados a postos comissionados de "incoerente" e pediu que a matéria seja debatida de maneira ampla antes de ir a votação.

O vereador justificou o argumento citando o discurso do verde sobre governar a cidade com transparência e diálogo. "Poderia pelo menos sinalizar que quer debater o projeto com os funcionários e o sindicato, como sempre foi feito, e não encaminhar sem debate para a Câmara", reclamou. A bancada petista composta por seis parlamentares e que detém o comando da Casa, com Manoel Eduardo Marinho, o Maninho, articula nos bastidores a derrubada do projeto.

O primeiro passo de Lauro à frente da Prefeitura foi de escancarar passivo de R$ 1,7 bilhão herdado dos 30 anos de gestões petistas. "Ele tem dito que a questão do gasto com a folha salarial está muito delicada. Disse até que o reajuste da inflação para o funcionalismo não está certo. Não faz sentido ele, primeiro, cogitar aumento para os secretários e, depois, apresentar esse projeto", comentou Zé Antônio.

A justificativa do verde descrita na matéria é de que funcionários concursados com mais de 20 anos de trabalho têm benefícios que acabam tornando os vencimentos mais atrativos do que os que receberiam em funções de confiança. O projeto ainda não tem data para ser votado.

 

SEM CATRACA

Tramitando há dois anos no Legislativo, o projeto de lei do vereador José Dourado (PSDB) que amplia a proibição do uso de catracas eletrônicas para todos os modelos de ônibus das linhas municipais foi adiado novamente por 15 dias, a pedido do governo Lauro.

O parlamentar Célio Boi (PSB) questionou a manobra. "Eu não entendo por que o governo quer adiar novamente um projeto que está aí e é positivo", criticou.

Dourado rebateu o socialista. "O meu prefeito pediu e eu cedi. É assim que funciona: o vereador cede para depois cobrar". Segundo o tucano, a gestão quer tempo para avisar as empresas concessionárias sobre a mudança.

 

 




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