Setecidades Titulo Acidente
Região registra sexta vítima de afogamento em apenas cinco dias

Jovem de 20 anos morreu quando nadava com amigos na Represa Billings, em São Bernardo

Por Natália Fernandjes
Do Diário do Grande ABC
03/02/2014 | 07:00
Compartilhar notícia
Ari Paleta/DGABC


Um jovem de 20 anos foi a sexta vítima de afogamento na região em apenas cinco dias. Waldeir Moreira de Alvarenga morreu na tarde de ontem, enquanto nadava com amigos em prainha desativada da Represa Billings, na região do Alvarenga, em São Bernardo. Na quarta-feira, cinco adolescentes se afogaram no lago artificial conhecido como Tancão da Morte, no bairro Cidade São Jorge, em Santo André.

De acordo com amigos e conhecidos que estavam no local no momento do acidente, o jovem teria atravessado de uma margem a outra da represa com dois colegas em um barco, mas preferiu voltar nadando para o ponto de partida. “Logo que ele pulou na água ouvi gritos de socorro, mas estava longe demais para ajudá-lo. Só pude ligar para o 193”, destaca o estudante Renan Reis, 20, que aguardava o grupo na beira da represa. Para ele, Waldeir pode ter tido problemas com cãibras.

Waldeir era o filho mais velho da dona de casa Maria Luzia da Conceição, 52. Ainda abalada, a mãe revela que o garoto costumava visitar o local com certa frequência, mesmo contra sua vontade. “A gente sempre orientava que era erigoso, dava conselhos, mas os jovens são rebeldes. Ainda mais ele, que era um peixinho e adorava nadar”, diz. A família mora no Parque Ideal, na região do Grande Alvarenga, há cerca de um ano.

Na tarde de ontem, enquanto esteve no local, a equipe do Diário observou que dois grandes grupos de crianças nadavam na represa, sem se importar com o ocorrido ou com os perigos que o local pode oferecer. Os banhistas, com idades entre 7 e 15 anos, aproximadamente, não estavam acompanhados por adultos. O acesso à represa é feito por uma pequena trilha de cerca de um quilômetro, localizada na altura do número 8.000 da Estrada dos Alvarenga, passando, inclusive, por uma cerca.

“Conheço pelo menos umas dez pessoas que morreram aqui. É muito perigoso”, revela a costureira Alexina Viana da Silva, 59, moradora do Jardim Laura, nas proximidades.
 




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;