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Fumapis de Diadema

Eleição para conselho de Habitação de Diadema foi suspenso por suspeita de fraude e falhas no processo

Por Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
23/07/2013 | 07:00
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Arquivo/DGABC


A comissão eleitoral do conselho do Fumapis (Fundo Municipal de Apoio à Habitação de Interesse Social) de Diadema marcou para amanhã, às 16h, reunião para avaliar a suspensão do pleito para escolha dos conselheiros do mandato 2013-2015. A eleição, marcada para domingo, foi paralisada por suspeita de fraude e falhas no processo de votação.

Além de servir para marcar nova data da eleição, o encontro deve avaliar o serviço prestado pela empresa Indago Pesquisas, Marketing e Eventos, contratada pela Prefeitura por R$ 29,4 mil para coordenar o pleito do conselho do Fumapis.

A votação ganhou rótulo de terceiro turno da eleição do ano passado, pois o prefeito Lauro Michels (PV) e o PT articularam, nos bastidores, o apadrinhamento de candidatos ao grupo. Dos dez concorrentes às cinco vagas populares no conselho, mais da metade contava com suporte de políticos da cidade.

No domingo, duas horas após o início do processo, petistas reclamavam da condução da votação. Afirmaram que não havia lista de presença, o que dificultava a verificação dos eleitores, pois apenas residentes de núcleos habitacionais do município tinham direito a voto. Também houve relatos de uso de notebooks de servidores comissionados como urnas eletrônicas e campanha explícita nos locais de votação.

“Ficou evidente a forte suspeita de fraudar a eleição”, acusou o petista Ronaldo Lacerda, ex-conselheiro do Fumapis e vereador de primeiro mandato.

A comissão eleitoral é formada por seis integrantes, sendo três dos movimentos de moradia e restante por indicação da Secretaria de Habitação.

Segundo informações extraoficiais, o governo Lauro não descarta abertura de sindicância para punir a Indago Pesquisas, Marketing e Eventos. Há possibilidade até da não efetuação do pagamento, uma vez que o serviço, na avaliação do Paço, não foi prestado corretamente.

Com sede em São Roque, no interior de São Paulo, a Indago informa em seu site que já atuou para grandes empresas privadas, como Telefonica, Credicard, Bradesco, Kibon e Pepisco.

Também foi admitida pelo setor público, como pelas prefeituras de São Paulo e Santos, Infraero (Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária), Artesp (Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados de Transporte do Estado de São Paulo), Dersa (Desenvolvimento Rodoviário) e CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos).




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