Na segunda-feira, a Embraer (Empresa Brasileira de Aeronáutica S.A.) terá um novo presidente: Frederico Fleury Curado, ex-vice comercial. Ele assume o lugar de Maurício Novis Botelho. Sua missão é expandir a linha executiva e brigar por fatias do mercado, brigando diretamente com a grande empresa do setor no momento, a canadense Bombardier.

Para cumprir a meta, Curado conta três armas cuja linha de produção está a pleno vapor: os jatos Phenom 100, 300 e Lienage 1000, todos voltados para a aviação executiva. No setor, o grande destaque atual é o Legacy 600, cuja 100ª aeronave foi entregue em março para a República Tcheca. O jato tem tido aceitação crescente nos mercados da Europa, África e Oriente Médio.

“Nossa liderança na aviação executiva ainda não aconteceu, mas estamos trabalhando para mudarmos o panorama”, diz Curado.

Um canal de comercialização que tende a crescer é o da América Latina, Atualmente a Embraer distribui seus produtos entre Estados Unidos (50%), Europa (25%) e Ásia e Pacífico (25%). “A longo prazo, possivelmente em dez anos, queremos alcançar, pelo menos 6% do mercado da América Latina”, disse Botelho, que assumirá o cargo de presidente do Conselho de Administração da Embraer, depois de ficar à frente da empresa por 12 anos, período que teve momentos marcantes, como na privatização e a consolidação como líder na fabricação de jatos comerciais de até 120 lugares.

Para continuar crescendo, a estratégia da nova diretoria é investir em nichos. Um deles, é o da aviação comercial nacional de médio porte (de 80 a 110 lugares) com a desativação dos Fokker 100 da TAM e Gol. “Nossos modelos 170 e 190 se alinham perfeitamente à esta demanda”, diz Curado.