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Médicos-legistas acumulam funções
Por Michele Loureiro
Da Sucursal de Diadema
15/09/2007 | 07:20
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Na quinta-feira a reportagem do Diário recebeu denúncias de ausência de médicos legistas no IML de Diadema e da demora para liberação dos corpos, que chegava a 22 horas. Na tarde de sexta-feira a reportagem retornou para verificar a presença do médico-legista, mas foi informada que o perito estivera no local entre às 9h e 11h e até as 15h30 não tinha retornado do almoço.

Um policial civil aguardava o legista para a realização de exames em pessoas que haviam sido presas.

Acúmulo de função - O IML de Diadema funciona com seis médicos legistas, sendo que cinco deles trabalham como funcionários da Prefeitura e do Estado. “Isso não seria problema se os médicos não atendessem no mesmo horário, fazendo uso do mesmo tempo para as duas funções”, diz o jurista Alberto Rollo.

Mas como constatado pela reportagem só existe uma escala, ou seja, um plantonista por dia, sendo assim, os médicos estariam acumulando funções. “Neste caso cabe uma ação de improbidade contra os médicos, mas a Prefeitura e o Estado também não são isentos, já que deveriam promover uma vigilância no local”, diz o jurista.

Trabalho confuso - A presença dos médicos legistas contratados pelo Estado e dos legistas contratados pela Prefeitura ainda gera dúvidas.<EM>

Dois corpos adentraram o IML entre a noite de quinta e a manhã de sexta-feira. Mas como os peritos não trabalham durante a madrugada, os corpos só puderam ser liberados na manhã de sexta-feira.

O médico legista do IML que estava de plantão só poderia realizar o procedimento em caso de morte violenta, por ser justamente o único que não acúmula funções. Mas como não havia a presença de nenhum perito da Prefeitura, responsável pelas mortes por causas naturais, o legista do IML realizou as duas autópsias, uma por causas naturais e outra por assassinato.



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