O momento é de especulação política em São Caetano. E no rol das possibilidades aventadas para o pleito do próximo ano, o nome do presidente da Câmara, Paulo Bottura (PTB), atualmente na base de sustentação do prefeito José Auricchio Júnior (PTB), tem sido apontado como um possível opositor do chefe do Executivo em 2008. O parlamentar nega qualquer possibilidade de rachar com a administração.

“Não existe união maior entre Legislativo e Prefeitura do que a atual. Estamos na nossa melhor fase política. Existe uma definição muito grande sobre nosso apoio à Auricchio”, garante o vereador.

Comentários sobre uma possível ruptura entre Bottura e o prefeito ganharam tônica na cidade após a ausência do chefe do Legislativo em eventos promovidos pelo Paço Municipal. Ele, assegura, porém, que só não esteve presente devido a atividades da Câmara.

“A força que ele (Bottura) tem no município é inquestionável. Desde o princípio, todas as conversas foram de estarmos juntos no ano que vem”, reforça Auricchio. “Ele é um ícone do PTB e o próprio Campos (Machado-presidente estadual da sigla) faz essa mesma leitura.”

Para a eleição, Bottura revela, inclusive, sua pretensão de aglutinar o apoio do PPS – cujo presidente municipal é o ex-deputado estadual Marquinho Tortorello – na base do governo.

“Meu único objetivo é de criar uma aproximação com a família Tortorello para compor conosco. Vamos ter uma eleição fácil, estamos muito unidos”, ressalta.

Sem diálogo - O discurso de Marquinho, porém, é diferente do proposto pelo vereador. Segundo ele, é remota a possibilidade de o partido apoiar a reeleição de Auricchio. “A chance de o PPS não caminhar com o prefeito é de 99,9%. Ele mesmo fechou as portas e as janelas”, avalia.

A possibilidade, pondera o ex-parlamentar, seria de a sigla abrir mão da candidatura majoritária e lançar uma chapa de vereadores. “Podemos não fazer frente deixando de lançar candidato a prefeito, mas acho que disputaremos.”

Na cidade comenta-se que Bottura, por ter forte ligação com o clã Tortorello, deve conseguir o acordo entre os dois grupos.