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Dia dos Pais vai movimentar R$ 70,2 milhões no Grande ABC

Resultado representa 13,5% de alta real em relação ao ano passado

Por Yara Ferraz
02/08/2021 | 15:00
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André Henriques/DGABC


Pesquisa aponta que o comércio do Grande ABC deverá movimentar em torno de R$ 70 milhões no Dia dos Pais. O valor significa alta real, ou seja, considerando a inflação do período, de 13,5%, em relação ao ano passado.

Os dados são da PIC (Pesquisa de Intenção de Compra), elaborada pelo Observatório Econômico da Universidade Metodista de São Paulo, que foi divulgada ontem. O levantamento teve como base 346 questionários realizados com consumidores da região no período entre 8 e 30 de julho.

De acordo com o coordenador do Observatório e responsável pela pesquisa, Sandro Maskio, o montante do ano passado era “extremamente baixo” (valor nominal de R$ 57 milhões e deflacionado, de R$ 60 milhões), já que a data ocorreu poucos meses após o início da pandemia do coronavírus, em março.

“Já temos uma adaptação melhor do consumidor e dos comerciantes com a situação da pandemia. No ano passado, ainda havia um maior clima de incerteza, sem saber quanto tempo tudo isso ia durar. Agora, mesmo com uma queda da massa de renda, a sociedade adaptou o seu meio de vida com a pandemia. Isso sem falar que temos o avanço da vacinação, uma realidade bem diferente do ano passado.”

Maskio destacou que, mesmo com a melhora neste ano, ainda é um dos três piores resultados econômicos nos dez anos de PIC, impactado pelo cenário de desemprego ainda elevado e às altas de preços.

O valor médio que os consumidores da região pretendem pagar pelo presente para os pais é de R$ 160. Na comparação com os R$ 118 registrados no ano passado, significa aumento nominal de 35%, ou real de 25% se considerada a inflação acumulada de 8,35% nos últimos 12 meses (até março).

Já os gastos planejados para o dia (que incluem mais de um presente, almoço, jantar ou passeio) revelam intenção de desembolsar R$ 219. Em 2020, este valor foi de R$ 144, aumento nominal de 51%, ou real de 40%.

Outra mudança no perfil dos consumidores acarretada pela pandemia aparece nas formas preferidas pelos entrevistados para aquisição dos presentes. A maioria, 41.6%, prefere fazer as compras por meios digitais, enquanto 31,1% declararam que deverão realizar compras presencialmente – no ano passado, eram 11%.

“Esse aumento da opção pelo presencial em relação ao ano passado mostra um grau de confiança maior nas compras e até mesmo na proteção contra a Covid-19. Mas o digital realmente ainda é mais forte, já que essa é uma tendência que a pandemia acelerou e veio para ficar”, disse Maskio.

O consumidor também vai priorizar presentear o pai (82,5% dos entrevistados). Apenas 9,3% pretendem também presentear os maridos, 2,7%, os sogros e 1,6%, os avôs. Uma novidade desta edição é que cerca de 50% dos 346 entrevistados se declararam propensos a alterar a data de compra de presentes às pessoas de seu convívio com objetivo de aproveitar períodos promocionais, como a Black Friday.

ROUPAS
Em tempos de baixas temperaturas, os pais do Grande ABC devem ganhar blusas, jaquetas, calças e demais itens de vestuário. Cerca de 63,8% devem optar por esse tipo de presente (veja mais na arte acima).

“É um item com flexibilidade, então as pessoas conseguem comprar desde uma meia até uma jaqueta. Então, o consumidor consegue comprar desde presentes simples, como apenas uma lembrança, até itens que custam mais caro”, afirmou Maskio.




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