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Doação de sangue cai 35% na região e acende alerta nos hemocentros

Expectativa era coletar 2.000 bolsas nos primeiros nove dias do mês, mas só 1.300 foram captadas

Flavia Kurotori
Do Diário do Grande ABC
13/10/2020 | 00:01
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Celso Luiz/DGABC


A situação dos bancos de sangue do Grande ABC preocupa. Isso porque das 2.000 bolsas que deveriam ter sido coletadas neste mês, até sexta-feira apenas 1.300 (65%) foram doadas. No início da pandemia, em março, as doações chegaram a cair pela metade e aumentaram gradativamente, chegando a 89% da capacidade em setembro, conforme a Colsan (Associação Beneficente de Coleta de Sangue), responsável por quatro pontos de coleta na região (dois em Santo André, um em São Bernardo e um em São Caetano).

No entanto, o volume de doações de sangue registrados nos nove primeiros dias deste mês voltou a acender o alerta. Solange Rios, gerente administrativa da regional do Grande ABC da Colsan, destacou que os tipos mais críticos são O+, A-, B-, AB- e O-. Para garantir a segurança contra a Covid-19, os centros de coleta estão adotando série de medidas, como o uso de máscaras e o distanciamento físico, além do agendamento para evitar aglomeração. Vale lembrar que o coronavírus não é transmitido por transfusão de sangue.

A Fundação Pró-Sangue, do governo estadual, também emitiu alerta para o baixo estoque de sangue em todo Estado. Segundo a associação, as doações caíram 6% entre janeiro e setembro deste ano, com coleta de 79.995 bolsas, em comparação ao mesmo período de 2019, quando 85.104 foram coletadas.

O sangue de cada bolsa pode ser fracionado em hemocomponentes, como plasma, hemácias ou glóbulos vermelhos, plaquetas e crioprecipitado. O plasma é usado em pacientes com problemas de coagulação, o concentrado de hemácias ou glóbulos vermelhos é utilizado no tratamento de anemia, o crioprecipitado é direcionado para tratamento de coagulopatias e as plaquetas para os casos de hemorragia ou em concomitância com quimioterapia nos pacientes oncológicos. O banco de sangue também garante suporte às cirurgias eletivas e de urgência, assim como transplantes.

Podem doar pessoas em boas condições de saúde entre 16 e 69 anos e que pesem mais de 50 quilos. É necessário comparecer ao ponto de coleta munido de documento de identidade original com foto. A recomendação é evitar alimentos gordurosos nas quatro horas que antecedem a doação. Em razão da pandemia, o Ministério da Saúde determinou que pessoas que tiveram contato com pacientes suspeitos ou diagnosticados devem aguardar 30 dias para doar, enquanto quem testou positivo deve esperar 90 dias após a recuperação clínica completa.

Quem deseja doar precisa agendar pelo aplicativo Colsan – Doe Sangue, Doe Vidas, disponível para Android e iOS, ou pelo site (https://agendamento-colsan.doevidas.com.br/web).

Na região, a doação pode ser feita no Hospital Mário Covas, no bairro Paraíso, em Santo André, onde a entrada é separada dos demais setores do hospital, a fim de garantir a segurança do doador; no Hemocentro de São Bernardo, na Vila Euclides, e no Núcleo Regional de Hemoterapia Doutor Aguinaldo Quaresma, no bairro Santa Paula, em São Caetano. O Centro Hospitalar Santo André está com a coleta suspensa desde março por causa da pandemia. 




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