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Bancários decidem parar na região
Adriana Mompean
Do Diário do Grande ABC
06/10/2005 | 08:28
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Os bancários do Grande ABC entram em greve a partir desta quinta-feira por tempo indeterminado. A paralisação foi decidida em assembléia realizada na noite desta quarta no teatro do Colégio Sagrado Coração de Jesus, em frente à sede do sindicato, em Santo André, e que reuniu cerca de 400 pessoas. Na região, existem 372 agências bancárias onde trabalham 7.025 funcionários.

Os trabalhadores querem reajuste salarial de 11,77%, PLR (Participação nos Lucros e Resultados) de um salário mais um valor fixo de R$ 788 e outros benefícios (veja quadro nesta página). A Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) ofereceu aumento de 4% e PLR de 80% do salário, mais um valor fixo de R$ 733. "Os bancos não apresentaram uma oferta que sequer repõe a inflação do período. Não podemos aceitar esta proposta absurda", disse Carlos Cordeiro, secretário-geral da CNB.

Até o fechamento desta edição, tinham aprovado a paralisação os sindicatos das cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Belo Horizonte, Campo Grande, Curitiba e Porto Alegre, além dos sindicatos com representação estadual - Acre, Alagoas, Amapá, Ceará, Espírito Santo, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Pernambuco, Piauí, Roraima e Sergipe. Os trabalhadores de Brasília, Rondônia e Florianópolis decidiram não aderir à greve.

O Sindicato dos Bancários do ABC realiza nova assembléia às 19 horas desta quinta para avaliar o movimento. "O grau de insatisfação é grande, apesar de toda a repressão que estamos sofrendo. A categoria decidiu pelo enfrentamento", afirmou o diretor de imprensa Ageu Ribeiro.

Vagner de Freitas, presidente da CNB (Confederação Nacional dos Bancários) lembrou nesta quarta-feira sobre a importância da união da categoria. "Esperamos participação maciça, mas sabemos que toda greve começa com mobilização parcial. Os bancários precisam mostrar sua força para vencer a ganância do setor patronal."

A Fenaban não se pronunciou sobre a greve e a entidade indica que os clientes das instituições bancárias utilizem os serviços de caixas eletrônicos, bankfone, internet banking e os cerca de 46 mil correspondentes bancários espalhados no país durante a paralisação.




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