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Dança promove desenvolvimento pessoal em Diadema

Oficinas de diversos ritmos musicais são ofertadas a 3.158 jovens e adultos desde 2018 de forma gratuita no município

Por Yasmin Assagra
Do Diário do Grande ABC
13/01/2020 | 07:00
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Nario Barbosa/DGABC


O balé encanta a estudante Gabrielly Oliveira Anibal, moradora do Jardim Canhema, periferia de Diadema, desde os 4 anos de idade. O acesso à arte só foi possível em 2019, quando a menina, hoje com 11 anos, passou a integrar grupo de 3.158 jovens e adultos da cidade beneficiados pelo projeto Vem Dançar, que oferece oficinas de diversos ritmos musicais de forma gratuita.

“Desde pequena, eu já gostava bastante de balé, porém, na época eu e minha família não encontramos um lugar assim (gratuito) para me matricular. Só agora tive essa oportunidade”, destaca a estudante do 7º ano do ensino fundamental da EE Professor Delcio de Souza Cunha. Ao lado da mãe, a dona de casa Janaina de Cássia Oliveira, 41, a menina percorre quase quatro quilômetros de bicicleta – são 25 minutos de trajeto – duas vezes por semana para participar das aulas na Casa da Música, no Centro da cidade.

Além da felicidade por toda a evolução que tem conseguido na dança, Gabrielly ressalta que o balé também auxilia em outros aspectos de sua vida, como na postura corporal e no controle da ansiedade. “Lembro que sentia muita falta de ar e era ansiosa. Hoje, consigo me controlar mais. Me acalmo quando estou dançando”, destaca. A mãe comenta ainda que a atividade física estimulou a perda de peso da filha. “A pediatra comentou que ela melhorou tanto em relação à postura quanto ao peso. Nós (pais) ficamos felizes por ela”, completa.

No caso da vendedora Juliana Aparecida Guimarães, 34, participar das aulas de dança do ventre é uma forma de aproveitar o tempo livre quando sai do trabalho e também estar perto da mãe, a aposentada Aparecida da Conceição Guimarães, 57. As duas dedicam uma hora da semana à atividade, que tem trazido melhorias física e mental, segundo ela. “Minha vida é corrida, então nesse tempo consigo aproveitar mais a minha mãe e me apaixonei pelo projeto. Muitas mulheres idosas se encontram como pessoa dançando”, observa Juliana.

EXPANSÃO - O projeto, iniciado em março de 2018, oferece oficinas de 11 ritmos musicais, entre eles o samba rock, sertanejo, hip hop, dança do ventre e balé em dez complexos culturais do município. No primeiro ano de atuação, foram 700 vagas ofertadas apenas para adultos, número que precisou ser ampliado devido à demanda. “Por conta da lista de espera que se formou, abrimos as turmas infantis. Vimos que a dança interessa muito aos moradores e também é importante para o desenvolvimento pessoal e coletivo do cidadão”, observa o secretário de Cultura da cidade, Eduardo Minas.

No ano passado, foram 1.557 participantes no núcleo infantil e 1.601 no adulto. “Hoje, não temos mais filas de espera, pois temos condições de atender a toda demanda”, comenta o secretário. O munícipe que tiver interesse em participar pode se matricular em até duas modalidades. Basta procurar um equipamento cultural da cidade com um comprovante de residência e um documento original com foto. As matrículas permanecem abertas.




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